Judas Romance lirico em quatro jornadas
Augusto de Lacerda
Literature & Fiction
Judas Romance lirico em quatro jornadas
Free
Description
Contents
Reviews
Language
Portuguese
ISBN
Unknown
JUDAS
PRIMEIRA JORNADA
EM 8 DE NISAN
PRIMEIRA JORNADA
EM 8 DE NISAN
GAMALIEL, que chegou da cidade, arrimado ao seu bordão, as barbas brancas doiradas pelo sol, dirige-se á casa de Simão, e, clamando:
ELEAZAR assomou logo a uma das janellas. É um rapaz de vinte e tantos annos, franzino e melancólico.
GAMALIEL
ELEAZAR
GAMALIEL
ELEAZAR
GAMALIEL
ELEAZAR, estremecendo
GAMALIEL
ELEAZAR
GAMALIEL
ELEAZAR, com o olhar vago:
GAMALIEL, que enxugára á manga da tunica uma santa lagrima de enthusiasmo civico:
ELEAZAR, suggestionado pelas palavras do velho:
GAMALIEL, n'um clarão de esperança:
MARIA, que tinha saído de casa e que ouviu as ultimas palavras:
GAMALIEL
ELEAZAR
MARIA
GAMALIEL
ELEAZAR
MARIA
ELEAZAR
MARIA
ELEAZAR
GAMALIEL, ao ouvido de Eleazar, aproveitando o ensejo dado por Maria, que foi sentar-se junto da fonte:
ELEAZAR, com o intuito de afastar o negro pensamento, que a todos trez opprime no intimo:
GAMALIEL
ELEAZAR, abeirando-se muito a elle, supplicante:
GAMALIEL
ELEAZAR, saúdando-o:
GAMALIEL, saúdando-o:
ELEAZAR sentou-se no tronco d'arvore, pensando; e, como respondendo aos proprios pensamentos:
MARTHA
ELEAZAR
MARTHA
SIMÃO
MARIA, em longa abstracção, junto da fonte, como se ninguem a ouvisse:
SIMÃO, chasqueando-a, mas com meiguice:
MARIA, com amargo sorriso:
MARTHA encostada ao hombro do irmão, que se conserva sentado:
SIMÃO
ELEAZAR
MARTHA
ELEAZAR sorrindo contrafeito:
MARTHA picada no seu amor proprio:
ELEAZAR condescendente:
MARTHA
ELEAZAR
MARIA em longa abstração, como se ninguem a ouvisse:
ELEAZAR perseguido pelo olhar inquiridor de Martha:
MARTHA afastando-se logo com muito despeito:
SIMÃO que de parte estivera rindo dos dois:
ELEAZAR
SIMÃO
ELEAZAR
SIMÃO
ELEAZAR ás irmãs:
MARTHA, deixando explodir o seu despeito:
ELEAZAR beijando-a á viva força:
MARTHA foi á beira da estrada e segue-os com o olhar. Depois, appreensiva, com vago receio:
MARIA em longa abstracção, como se ninguem a ouvisse:
MARTHA que lançou para longe a tristeza, despertada pelo cantar mais proximo d'uma cotovia.
MARIA
MARTHA com o cotovello apoiado no joelho de Maria, o olhar limpido erguido para o olhar da irmã:
MARIA desculpando-os:
MARTHA
MARIA com frieza, como a da corrente d'agua que entre os seus dedos vae deslisando:
MARTHA
MARIA
MARTHA
CLAUDIA em tom faceto de cortezã affeita ao jogo de gracejos nos triclinios de má nota da velha Roma:
MARTHA muito a mêdo:
CLAUDIA
MARIA por entre dentes:
CLAUDIA
MARIA fitando-a resoluta, mas serena:
CLAUDIA deixando cair as palavras uma a uma, como gôtas de chumbo derretido:
MARIA muito vexada pela insultante benevolencia de Claudia:
CLAUDIA victoriosa pelo effeito que o perdão causou no animo independente da patriotica filha d'Israel:
MARTHA supplicante ao ouvido da irmã, que ia responder:
CLAUDIA rindo, satisfeita, feliz:
A ESCRAVA GEDA ajudando-a a accomodar-se nas almofadas da liteira:
CLAUDIA
O CENTURIÃO AMPÍO ao sequito:
CLAUDIA
MARIA
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM
JOSUÉ, timido, covarde, circumvagando o olhar:
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM velhacamente, animando-o:
JOSUÉ unctuosamente:
BENJAMIM
JOSUÉ com desinteresse hypocrita:
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM acceitando-os e juntando-os aos seus:
JOSUÉ
BENJAMIM
JOÃO resfolegando:
MATHEUS
JOÃO
SIMÃO PEDRA, com o braço direito sobre o hombro de Eleazar, n'uma intimidade muito amiga:
ELEAZAR descrente, mas muito timido, querendo occultar o que lhe vae n'alma:
SIMÃO PEDRA
ELEAZAR, quasi a medo:
SIMÃO PEDRA
ELEAZAR, depois de grande hesitação:
SIMÃO PEDRA
ELEAZAR
JOÃO que se erguera, rapido e violento:
JUDAS
JOÃO muito secco e terminante:
ELEAZAR ao ouvido de Simão Pedra:
SIMÃO PEDRA triste e confidencial:
JUDAS amarga, mas serenamente, depois de ter meditado por algum tempo:
MATHEUS conciliadôr:
JUDAS
MARTHA, assomando a uma das janellas, n'uma risadinha infantil:
SIMÃO PEDRA, aproveitando a inconsciente intervenção de Martha
MARTHA
SIMÃO PEDRA
MARTHA intimativamente, retirando-se da janella:
JOÃO a Matheus e a Eleazar, continuando a conversa interrompida e n'um tom de voz inaudivel para Judas:
SIMÃO PEDRA que se reunira aos tres, carregando o semblante:
JOÃO em tom leviano:
SIMÃO PEDRA, que não poude reprimir um sobresalto, tornando-se ainda mais severo:
ELEAZAR conciliador:
MATHEUS detendo Simão Pedra, que ia para entrar em casa do Leproso:
JOÃO repêso, meigo, supplicante:
SIMÃO PEDRA sorrindo, afinal, benevolo:
JOÃO abraçando-o effusivamente:
MATHEUS
SIMÃO PEDRA
JOÃO
SIMÃO PEDRA detendo-o e apontando para Judas, que nada ouviu do que se passára:
JOÃO com bonhomía:
JUDAS olhando lealmente para elle e com um sorriso de reconciliado:
JUDAS solta um suspiro, e erguendo o olhar, expandindo a sua alma:
GAMALIEL, que chegou da cidade, arrimado ao seu bordão, as barbas brancas doiradas pelo sol, dirige-se á casa de Simão, e, clamando:
ELEAZAR assomou logo a uma das janellas. É um rapaz de vinte e tantos annos, franzino e melancólico.
GAMALIEL
ELEAZAR
GAMALIEL
ELEAZAR
GAMALIEL
ELEAZAR, estremecendo
GAMALIEL
ELEAZAR
GAMALIEL
ELEAZAR, com o olhar vago:
GAMALIEL, que enxugára á manga da tunica uma santa lagrima de enthusiasmo civico:
ELEAZAR, suggestionado pelas palavras do velho:
GAMALIEL, n'um clarão de esperança:
MARIA, que tinha saído de casa e que ouviu as ultimas palavras:
GAMALIEL
ELEAZAR
MARIA
GAMALIEL
ELEAZAR
MARIA
ELEAZAR
MARIA
ELEAZAR
GAMALIEL, ao ouvido de Eleazar, aproveitando o ensejo dado por Maria, que foi sentar-se junto da fonte:
ELEAZAR, com o intuito de afastar o negro pensamento, que a todos trez opprime no intimo:
GAMALIEL
ELEAZAR, abeirando-se muito a elle, supplicante:
GAMALIEL
ELEAZAR, saúdando-o:
GAMALIEL, saúdando-o:
ELEAZAR sentou-se no tronco d'arvore, pensando; e, como respondendo aos proprios pensamentos:
MARTHA
ELEAZAR
MARTHA
SIMÃO
MARIA, em longa abstracção, junto da fonte, como se ninguem a ouvisse:
SIMÃO, chasqueando-a, mas com meiguice:
MARIA, com amargo sorriso:
MARTHA encostada ao hombro do irmão, que se conserva sentado:
SIMÃO
ELEAZAR
MARTHA
ELEAZAR sorrindo contrafeito:
MARTHA picada no seu amor proprio:
ELEAZAR condescendente:
MARTHA
ELEAZAR
MARIA em longa abstração, como se ninguem a ouvisse:
ELEAZAR perseguido pelo olhar inquiridor de Martha:
MARTHA afastando-se logo com muito despeito:
SIMÃO que de parte estivera rindo dos dois:
ELEAZAR
SIMÃO
ELEAZAR
SIMÃO
ELEAZAR ás irmãs:
MARTHA, deixando explodir o seu despeito:
ELEAZAR beijando-a á viva força:
MARTHA foi á beira da estrada e segue-os com o olhar. Depois, appreensiva, com vago receio:
MARIA em longa abstracção, como se ninguem a ouvisse:
MARTHA que lançou para longe a tristeza, despertada pelo cantar mais proximo d'uma cotovia.
MARIA
MARTHA com o cotovello apoiado no joelho de Maria, o olhar limpido erguido para o olhar da irmã:
MARIA desculpando-os:
MARTHA
MARIA com frieza, como a da corrente d'agua que entre os seus dedos vae deslisando:
MARTHA
MARIA
MARTHA
CLAUDIA em tom faceto de cortezã affeita ao jogo de gracejos nos triclinios de má nota da velha Roma:
MARTHA muito a mêdo:
CLAUDIA
MARIA por entre dentes:
CLAUDIA
MARIA fitando-a resoluta, mas serena:
CLAUDIA deixando cair as palavras uma a uma, como gôtas de chumbo derretido:
MARIA muito vexada pela insultante benevolencia de Claudia:
CLAUDIA victoriosa pelo effeito que o perdão causou no animo independente da patriotica filha d'Israel:
MARTHA supplicante ao ouvido da irmã, que ia responder:
CLAUDIA rindo, satisfeita, feliz:
A ESCRAVA GEDA ajudando-a a accomodar-se nas almofadas da liteira:
CLAUDIA
O CENTURIÃO AMPÍO ao sequito:
CLAUDIA
MARIA
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM
JOSUÉ, timido, covarde, circumvagando o olhar:
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM velhacamente, animando-o:
JOSUÉ unctuosamente:
BENJAMIM
JOSUÉ com desinteresse hypocrita:
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM acceitando-os e juntando-os aos seus:
JOSUÉ
BENJAMIM
JOÃO resfolegando:
MATHEUS
JOÃO
SIMÃO PEDRA, com o braço direito sobre o hombro de Eleazar, n'uma intimidade muito amiga:
ELEAZAR descrente, mas muito timido, querendo occultar o que lhe vae n'alma:
SIMÃO PEDRA
ELEAZAR, quasi a medo:
SIMÃO PEDRA
ELEAZAR, depois de grande hesitação:
SIMÃO PEDRA
ELEAZAR
JOÃO que se erguera, rapido e violento:
JUDAS
JOÃO muito secco e terminante:
ELEAZAR ao ouvido de Simão Pedra:
SIMÃO PEDRA triste e confidencial:
JUDAS amarga, mas serenamente, depois de ter meditado por algum tempo:
MATHEUS conciliadôr:
JUDAS
MARTHA, assomando a uma das janellas, n'uma risadinha infantil:
SIMÃO PEDRA, aproveitando a inconsciente intervenção de Martha
MARTHA
SIMÃO PEDRA
MARTHA intimativamente, retirando-se da janella:
JOÃO a Matheus e a Eleazar, continuando a conversa interrompida e n'um tom de voz inaudivel para Judas:
SIMÃO PEDRA que se reunira aos tres, carregando o semblante:
JOÃO em tom leviano:
SIMÃO PEDRA, que não poude reprimir um sobresalto, tornando-se ainda mais severo:
ELEAZAR conciliador:
MATHEUS detendo Simão Pedra, que ia para entrar em casa do Leproso:
JOÃO repêso, meigo, supplicante:
SIMÃO PEDRA sorrindo, afinal, benevolo:
JOÃO abraçando-o effusivamente:
MATHEUS
SIMÃO PEDRA
JOÃO
SIMÃO PEDRA detendo-o e apontando para Judas, que nada ouviu do que se passára:
JOÃO com bonhomía:
JUDAS olhando lealmente para elle e com um sorriso de reconciliado:
JUDAS solta um suspiro, e erguendo o olhar, expandindo a sua alma:
EM 8 DE NISAN
GAMALIEL, que chegou da cidade, arrimado ao seu bordão, as barbas brancas doiradas pelo sol, dirige-se á casa de Simão, e, clamando:
ELEAZAR assomou logo a uma das janellas. É um rapaz de vinte e tantos annos, franzino e melancólico.
GAMALIEL
ELEAZAR
GAMALIEL
ELEAZAR
GAMALIEL
ELEAZAR, estremecendo
GAMALIEL
ELEAZAR
GAMALIEL
ELEAZAR, com o olhar vago:
GAMALIEL, que enxugára á manga da tunica uma santa lagrima de enthusiasmo civico:
ELEAZAR, suggestionado pelas palavras do velho:
GAMALIEL, n'um clarão de esperança:
MARIA, que tinha saído de casa e que ouviu as ultimas palavras:
GAMALIEL
ELEAZAR
MARIA
GAMALIEL
ELEAZAR
MARIA
ELEAZAR
MARIA
ELEAZAR
GAMALIEL, ao ouvido de Eleazar, aproveitando o ensejo dado por Maria, que foi sentar-se junto da fonte:
ELEAZAR, com o intuito de afastar o negro pensamento, que a todos trez opprime no intimo:
GAMALIEL
ELEAZAR, abeirando-se muito a elle, supplicante:
GAMALIEL
ELEAZAR, saúdando-o:
GAMALIEL, saúdando-o:
ELEAZAR sentou-se no tronco d'arvore, pensando; e, como respondendo aos proprios pensamentos:
MARTHA
ELEAZAR
MARTHA
SIMÃO
MARIA, em longa abstracção, junto da fonte, como se ninguem a ouvisse:
SIMÃO, chasqueando-a, mas com meiguice:
MARIA, com amargo sorriso:
MARTHA encostada ao hombro do irmão, que se conserva sentado:
SIMÃO
ELEAZAR
MARTHA
ELEAZAR sorrindo contrafeito:
MARTHA picada no seu amor proprio:
ELEAZAR condescendente:
MARTHA
ELEAZAR
MARIA em longa abstração, como se ninguem a ouvisse:
ELEAZAR perseguido pelo olhar inquiridor de Martha:
MARTHA afastando-se logo com muito despeito:
SIMÃO que de parte estivera rindo dos dois:
ELEAZAR
SIMÃO
ELEAZAR
SIMÃO
ELEAZAR ás irmãs:
MARTHA, deixando explodir o seu despeito:
ELEAZAR beijando-a á viva força:
MARTHA foi á beira da estrada e segue-os com o olhar. Depois, appreensiva, com vago receio:
MARIA em longa abstracção, como se ninguem a ouvisse:
MARTHA que lançou para longe a tristeza, despertada pelo cantar mais proximo d'uma cotovia.
MARIA
MARTHA com o cotovello apoiado no joelho de Maria, o olhar limpido erguido para o olhar da irmã:
MARIA desculpando-os:
MARTHA
MARIA com frieza, como a da corrente d'agua que entre os seus dedos vae deslisando:
MARTHA
MARIA
MARTHA
CLAUDIA em tom faceto de cortezã affeita ao jogo de gracejos nos triclinios de má nota da velha Roma:
MARTHA muito a mêdo:
CLAUDIA
MARIA por entre dentes:
CLAUDIA
MARIA fitando-a resoluta, mas serena:
CLAUDIA deixando cair as palavras uma a uma, como gôtas de chumbo derretido:
MARIA muito vexada pela insultante benevolencia de Claudia:
CLAUDIA victoriosa pelo effeito que o perdão causou no animo independente da patriotica filha d'Israel:
MARTHA supplicante ao ouvido da irmã, que ia responder:
CLAUDIA rindo, satisfeita, feliz:
A ESCRAVA GEDA ajudando-a a accomodar-se nas almofadas da liteira:
CLAUDIA
O CENTURIÃO AMPÍO ao sequito:
CLAUDIA
MARIA
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM
JOSUÉ, timido, covarde, circumvagando o olhar:
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM velhacamente, animando-o:
JOSUÉ unctuosamente:
BENJAMIM
JOSUÉ com desinteresse hypocrita:
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM acceitando-os e juntando-os aos seus:
JOSUÉ
BENJAMIM
JOÃO resfolegando:
MATHEUS
JOÃO
SIMÃO PEDRA, com o braço direito sobre o hombro de Eleazar, n'uma intimidade muito amiga:
ELEAZAR descrente, mas muito timido, querendo occultar o que lhe vae n'alma:
SIMÃO PEDRA
ELEAZAR, quasi a medo:
SIMÃO PEDRA
ELEAZAR, depois de grande hesitação:
SIMÃO PEDRA
ELEAZAR
JOÃO que se erguera, rapido e violento:
JUDAS
JOÃO muito secco e terminante:
ELEAZAR ao ouvido de Simão Pedra:
SIMÃO PEDRA triste e confidencial:
JUDAS amarga, mas serenamente, depois de ter meditado por algum tempo:
MATHEUS conciliadôr:
JUDAS
MARTHA, assomando a uma das janellas, n'uma risadinha infantil:
SIMÃO PEDRA, aproveitando a inconsciente intervenção de Martha
MARTHA
SIMÃO PEDRA
MARTHA intimativamente, retirando-se da janella:
JOÃO a Matheus e a Eleazar, continuando a conversa interrompida e n'um tom de voz inaudivel para Judas:
SIMÃO PEDRA que se reunira aos tres, carregando o semblante:
JOÃO em tom leviano:
SIMÃO PEDRA, que não poude reprimir um sobresalto, tornando-se ainda mais severo:
ELEAZAR conciliador:
MATHEUS detendo Simão Pedra, que ia para entrar em casa do Leproso:
JOÃO repêso, meigo, supplicante:
SIMÃO PEDRA sorrindo, afinal, benevolo:
JOÃO abraçando-o effusivamente:
MATHEUS
SIMÃO PEDRA
JOÃO
SIMÃO PEDRA detendo-o e apontando para Judas, que nada ouviu do que se passára:
JOÃO com bonhomía:
JUDAS olhando lealmente para elle e com um sorriso de reconciliado:
JUDAS solta um suspiro, e erguendo o olhar, expandindo a sua alma:
GAMALIEL, que chegou da cidade, arrimado ao seu bordão, as barbas brancas doiradas pelo sol, dirige-se á casa de Simão, e, clamando:
ELEAZAR assomou logo a uma das janellas. É um rapaz de vinte e tantos annos, franzino e melancólico.
GAMALIEL
ELEAZAR
GAMALIEL
ELEAZAR
GAMALIEL
ELEAZAR, estremecendo
GAMALIEL
ELEAZAR
GAMALIEL
ELEAZAR, com o olhar vago:
GAMALIEL, que enxugára á manga da tunica uma santa lagrima de enthusiasmo civico:
ELEAZAR, suggestionado pelas palavras do velho:
GAMALIEL, n'um clarão de esperança:
MARIA, que tinha saído de casa e que ouviu as ultimas palavras:
GAMALIEL
ELEAZAR
MARIA
GAMALIEL
ELEAZAR
MARIA
ELEAZAR
MARIA
ELEAZAR
GAMALIEL, ao ouvido de Eleazar, aproveitando o ensejo dado por Maria, que foi sentar-se junto da fonte:
ELEAZAR, com o intuito de afastar o negro pensamento, que a todos trez opprime no intimo:
GAMALIEL
ELEAZAR, abeirando-se muito a elle, supplicante:
GAMALIEL
ELEAZAR, saúdando-o:
GAMALIEL, saúdando-o:
ELEAZAR sentou-se no tronco d'arvore, pensando; e, como respondendo aos proprios pensamentos:
MARTHA
ELEAZAR
MARTHA
SIMÃO
MARIA, em longa abstracção, junto da fonte, como se ninguem a ouvisse:
SIMÃO, chasqueando-a, mas com meiguice:
MARIA, com amargo sorriso:
MARTHA encostada ao hombro do irmão, que se conserva sentado:
SIMÃO
ELEAZAR
MARTHA
ELEAZAR sorrindo contrafeito:
MARTHA picada no seu amor proprio:
ELEAZAR condescendente:
MARTHA
ELEAZAR
MARIA em longa abstração, como se ninguem a ouvisse:
ELEAZAR perseguido pelo olhar inquiridor de Martha:
MARTHA afastando-se logo com muito despeito:
SIMÃO que de parte estivera rindo dos dois:
ELEAZAR
SIMÃO
ELEAZAR
SIMÃO
ELEAZAR ás irmãs:
MARTHA, deixando explodir o seu despeito:
ELEAZAR beijando-a á viva força:
MARTHA foi á beira da estrada e segue-os com o olhar. Depois, appreensiva, com vago receio:
MARIA em longa abstracção, como se ninguem a ouvisse:
MARTHA que lançou para longe a tristeza, despertada pelo cantar mais proximo d'uma cotovia.
MARIA
MARTHA com o cotovello apoiado no joelho de Maria, o olhar limpido erguido para o olhar da irmã:
MARIA desculpando-os:
MARTHA
MARIA com frieza, como a da corrente d'agua que entre os seus dedos vae deslisando:
MARTHA
MARIA
MARTHA
CLAUDIA em tom faceto de cortezã affeita ao jogo de gracejos nos triclinios de má nota da velha Roma:
MARTHA muito a mêdo:
CLAUDIA
MARIA por entre dentes:
CLAUDIA
MARIA fitando-a resoluta, mas serena:
CLAUDIA deixando cair as palavras uma a uma, como gôtas de chumbo derretido:
MARIA muito vexada pela insultante benevolencia de Claudia:
CLAUDIA victoriosa pelo effeito que o perdão causou no animo independente da patriotica filha d'Israel:
MARTHA supplicante ao ouvido da irmã, que ia responder:
CLAUDIA rindo, satisfeita, feliz:
A ESCRAVA GEDA ajudando-a a accomodar-se nas almofadas da liteira:
CLAUDIA
O CENTURIÃO AMPÍO ao sequito:
CLAUDIA
MARIA
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM
JOSUÉ, timido, covarde, circumvagando o olhar:
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM velhacamente, animando-o:
JOSUÉ unctuosamente:
BENJAMIM
JOSUÉ com desinteresse hypocrita:
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM
JOSUÉ
BENJAMIM acceitando-os e juntando-os aos seus:
JOSUÉ
BENJAMIM
JOÃO resfolegando:
MATHEUS
JOÃO
SIMÃO PEDRA, com o braço direito sobre o hombro de Eleazar, n'uma intimidade muito amiga:
ELEAZAR descrente, mas muito timido, querendo occultar o que lhe vae n'alma:
SIMÃO PEDRA
ELEAZAR, quasi a medo:
SIMÃO PEDRA
ELEAZAR, depois de grande hesitação:
SIMÃO PEDRA
ELEAZAR
JOÃO que se erguera, rapido e violento:
JUDAS
JOÃO muito secco e terminante:
ELEAZAR ao ouvido de Simão Pedra:
SIMÃO PEDRA triste e confidencial:
JUDAS amarga, mas serenamente, depois de ter meditado por algum tempo:
MATHEUS conciliadôr:
JUDAS
MARTHA, assomando a uma das janellas, n'uma risadinha infantil:
SIMÃO PEDRA, aproveitando a inconsciente intervenção de Martha
MARTHA
SIMÃO PEDRA
MARTHA intimativamente, retirando-se da janella:
JOÃO a Matheus e a Eleazar, continuando a conversa interrompida e n'um tom de voz inaudivel para Judas:
SIMÃO PEDRA que se reunira aos tres, carregando o semblante:
JOÃO em tom leviano:
SIMÃO PEDRA, que não poude reprimir um sobresalto, tornando-se ainda mais severo:
ELEAZAR conciliador:
MATHEUS detendo Simão Pedra, que ia para entrar em casa do Leproso:
JOÃO repêso, meigo, supplicante:
SIMÃO PEDRA sorrindo, afinal, benevolo:
JOÃO abraçando-o effusivamente:
MATHEUS
SIMÃO PEDRA
JOÃO
SIMÃO PEDRA detendo-o e apontando para Judas, que nada ouviu do que se passára:
JOÃO com bonhomía:
JUDAS olhando lealmente para elle e com um sorriso de reconciliado:
JUDAS solta um suspiro, e erguendo o olhar, expandindo a sua alma:
SEGUNDA JORNADA
EM 9 DE NISAN
SEGUNDA JORNADA
EM 9 DE NISAN
MATHEUS
SIMÃO PEDRA
SIMÃO
SIMÃO PEDRA
SIMÃO
MATHEUS que n'um movimento de cabeça concordára e que bebera depois d'aspirar o bom perfume:
SIMÃO apresentando outra infusa:
SIMÃO PEDRA
SIMÃO
MATHEUS
SIMÃO
SIMÃO PEDRA pousando o copo onde o olhar pensativo está fixando:
MATHEUS
SIMÃO PEDRA
JOÃO que parecia estranho a tudo, fala emfim, com o olhar cravado em Judas, que continúa lendo:
SIMÃO quasi em segredo aos seus dois commensaes:
SIMÃO PEDRA tristemente:
MATHEUS
SIMÃO
MATHEUS
SIMÃO
MATHEUS
SIMÃO
SIMÃO PEDRA muito confidencial:
SIMÃO
SIMÃO PEDRA
SIMÃO como assombrado:
SIMÃO PEDRA
SIMÃO
MATHEUS
JOÃO tinha voltado, e encostára-se a uma das camilhas, observando sempre Judas. Como não possa conter o que sente em si, aproveita o ensejo de estar a sós com elle para expandir-se. Começa, porem, em tom sereno, como procurando dominar-se:
JUDAS
JOÃO
JUDAS sereno e sempre sentado:
JOÃO
JUDAS com affectada bonhomía:
JOÃO
JUDAS
JOÃO
JUDAS erguendo-se, vagaroso, com o rôlo nas mãos, fingindo indifferença:
JOÃO
JUDAS
JOÃO
JUDAS avançando para elle, irrompe finalmente com um rugido abafado, o olhar ameaçador:
JOÃO cruza os braços e sereno:
JUDAS, que em silencio estivera contorcendo as mãos nervosamente, diz-lhe emfim com muita ironía:
JOÃO repêso, olha para elle bondosamente e com um sorriso amigo:
JUDAS n'um brusco impulso de independencia:
JOÃO ficou meditando, e depois generosamente, como falando á sua propria consciencia:
ELEAZAR indicando João aos companheiros:
SIMÃO PEDRA
JOÃO cercado pelos amigos e já esquecido do que se passou, todo o seu pensamento entregue ao Mestre:
MATHEUS
SIMÃO PEDRA
JOÃO
SIMÃO PEDRA
JOÃO
SIMÃO PEDRA
JOÃO
SIMÃO PEDRA
JOÃO
SIMÃO PEDRA
JOÃO, animando-se, cheio de puro enthusiasmo messianico:
GAMALIEL que pouco antes chegára da cidade, ouviu todo o falar de João. Traz o rosto abatido, o olhar cavo; dir-se-ía portador de uma nova terrivel.
TODOS em sobresalto:
JOÃO
SIMÃO PEDRA
MATHEUS
JOÃO
GAMALIEL pausada e custosamente:
SIMÃO PEDRA, erguendo as mãos aos ceus:
MATHEUS, convulsamente:
JOÃO, n'um grito:
ELEAZAR agarrando Gamaliel por um pulso:
GAMALIEL
JOÃO
ELEAZAR
GAMALIEL
JOÃO
GAMALIEL, procurando serenar os animos; as lagrimas borbulhando nos olhos e cahindo-lhe pelas barbas brancas:
SIMÃO PEDRA tambem resoluto:
JOÃO
GAMALIEL
ELEAZAR
MATHEUS
SIMÃO
JOÃO
MARTHA
MARIA, indolente:
MARTHA
MARIA
MARTHA
MARIA
MARTHA
MARIA
MARTHA, abeirando-se da irmã, muito meiga:
MARIA
JUDAS
MARTHA muito admirada:
JUDAS indolente, recostando-se n'uma das camilhas do triclinio:
MARIA
JUDAS
MARIA, sem o fitar, serena:
JUDAS cerrando as palpebras:
MARTHA com muita convicção:
JUDAS abriu os olhos, fitou-a, e depois, fechando-os de novo:
MARTHA surpreza:
JUDAS
MARTHA abeirando-se d'elle, e pondo-lhe a mão no hombro, diz com uncção, melodiosamente:
MARIA, querendo esquivar-se:
MARTHA
MARIA conserva-se indecisa por algum tempo; mas depois, como respondendo a si propria:
JUDAS erguendo o corpo sobre o cotovello:
MARIA baixando o olhar:
JUDAS ergue-se de chofre e avança como para seguil-a; mas detem-se, perplexo. Depois, desalentado, senta-se n'um dos degraus da porta por onde Maria saíu, a cabeça entre as mãos, os cotovellos fincados nos joelhos. Ao cabo de longo meditar, solta brandamente a sua voz:
BENJAMIM com muita humildade:
JUDAS voltando-se, rapido, e agarrando-o brutalmente pela nuca:
BENJAMIM avergado, mas sempre humilde:
JUDAS sem o largar:
BENJAMIM amigavelmente, em censura carinhosa:
JUDAS largando-lhe a nuca, mas agarrando-lhe logo um braço:
BENJAMIM sinceramente:
JUDAS como comsigo, satisfeito:
BENJAMIM
JUDAS, rapido:
BENJAMIM explicando:
JUDAS ficou hesitante, tendo largado Benjamim, que foi trocar signaes com Josué.
BENJAMIM agora senhor de si:
JUDAS nervosamente:
BENJAMIM imperioso, rapido, monotono, quasi ao ouvido de Judas, que parece devorar-lhe as palavras:
JUDAS
BENJAMIM
JUDAS animado, satisfeito:
BENJAMIM
JUDAS hesitando, vagamente acobardado:
BENJAMIM
JUDAS
BENJAMIM
JUDAS ficou perplexo ainda, como medindo a gravidade da proposta. Mas depois:
MARIA que no limiar da porta ficára tambem indecisa:
JUDAS
MARIA condescendente:
JUDAS caricioso:
JUDAS
MARIA com simplicidade, avançando um pouco:
JUDAS tôrvamente:
MARIA que não se moveu, serenamente:
JUDAS n'um rugido:
MARIA sempre immovel:
JUDAS com as mãos encrespadas, os labios trementes:
MARIA sem se perturbar:
JUDAS caíndo em si, fica por momentos silencioso. Depois, com o rosto dolorido, n'um queixume:
MARIA com ligeiro movimento de cabeça:
JUDAS promptamente transformado, n'um arranco furioso:
MARIA com a voz tranquilla:
JUDAS interrompendo-a com uma risada feroz:
MARIA
JUDAS allucinado, avançando para ella:
MARIA levando instinctivamente as mãos aos seios:
JUDAS com os olhos chammejantes, as mãos trémulas, os passos rigidos, agarrando-a:
MARIA evitando-lhe os beijos:
JUDAS arrastando-a para o triclinio:
MARIA com a voz estrangulada, luctando:
JUDAS pondo-lhe a mão na bôca:
MARIA já sem forças:
JUDAS achegando-a ao peito, lúbrico, antegosando a posse:
MATHEUS
SIMÃO PEDRA
SIMÃO
SIMÃO PEDRA
SIMÃO
MATHEUS que n'um movimento de cabeça concordára e que bebera depois d'aspirar o bom perfume:
SIMÃO apresentando outra infusa:
SIMÃO PEDRA
SIMÃO
MATHEUS
SIMÃO
SIMÃO PEDRA pousando o copo onde o olhar pensativo está fixando:
MATHEUS
SIMÃO PEDRA
JOÃO que parecia estranho a tudo, fala emfim, com o olhar cravado em Judas, que continúa lendo:
SIMÃO quasi em segredo aos seus dois commensaes:
SIMÃO PEDRA tristemente:
MATHEUS
SIMÃO
MATHEUS
SIMÃO
MATHEUS
SIMÃO
SIMÃO PEDRA muito confidencial:
SIMÃO
SIMÃO PEDRA
SIMÃO como assombrado:
SIMÃO PEDRA
SIMÃO
MATHEUS
JOÃO tinha voltado, e encostára-se a uma das camilhas, observando sempre Judas. Como não possa conter o que sente em si, aproveita o ensejo de estar a sós com elle para expandir-se. Começa, porem, em tom sereno, como procurando dominar-se:
JUDAS
JOÃO
JUDAS sereno e sempre sentado:
JOÃO
JUDAS com affectada bonhomía:
JOÃO
JUDAS
JOÃO
JUDAS erguendo-se, vagaroso, com o rôlo nas mãos, fingindo indifferença:
JOÃO
JUDAS
JOÃO
JUDAS avançando para elle, irrompe finalmente com um rugido abafado, o olhar ameaçador:
JOÃO cruza os braços e sereno:
JUDAS, que em silencio estivera contorcendo as mãos nervosamente, diz-lhe emfim com muita ironía:
JOÃO repêso, olha para elle bondosamente e com um sorriso amigo:
JUDAS n'um brusco impulso de independencia:
JOÃO ficou meditando, e depois generosamente, como falando á sua propria consciencia:
ELEAZAR indicando João aos companheiros:
SIMÃO PEDRA
JOÃO cercado pelos amigos e já esquecido do que se passou, todo o seu pensamento entregue ao Mestre:
MATHEUS
SIMÃO PEDRA
JOÃO
SIMÃO PEDRA
JOÃO
SIMÃO PEDRA
JOÃO
SIMÃO PEDRA
JOÃO
SIMÃO PEDRA
JOÃO, animando-se, cheio de puro enthusiasmo messianico:
GAMALIEL que pouco antes chegára da cidade, ouviu todo o falar de João. Traz o rosto abatido, o olhar cavo; dir-se-ía portador de uma nova terrivel.
TODOS em sobresalto:
JOÃO
SIMÃO PEDRA
MATHEUS
JOÃO
GAMALIEL pausada e custosamente:
SIMÃO PEDRA, erguendo as mãos aos ceus:
MATHEUS, convulsamente:
JOÃO, n'um grito:
ELEAZAR agarrando Gamaliel por um pulso:
GAMALIEL
JOÃO
ELEAZAR
GAMALIEL
JOÃO
GAMALIEL, procurando serenar os animos; as lagrimas borbulhando nos olhos e cahindo-lhe pelas barbas brancas:
SIMÃO PEDRA tambem resoluto:
JOÃO
GAMALIEL
ELEAZAR
MATHEUS
SIMÃO
JOÃO
MARTHA
MARIA, indolente:
MARTHA
MARIA
MARTHA
MARIA
MARTHA
MARIA
MARTHA, abeirando-se da irmã, muito meiga:
MARIA
JUDAS
MARTHA muito admirada:
JUDAS indolente, recostando-se n'uma das camilhas do triclinio:
MARIA
JUDAS
MARIA, sem o fitar, serena:
JUDAS cerrando as palpebras:
MARTHA com muita convicção:
JUDAS abriu os olhos, fitou-a, e depois, fechando-os de novo:
MARTHA surpreza:
JUDAS
MARTHA abeirando-se d'elle, e pondo-lhe a mão no hombro, diz com uncção, melodiosamente:
MARIA, querendo esquivar-se:
MARTHA
MARIA conserva-se indecisa por algum tempo; mas depois, como respondendo a si propria:
JUDAS erguendo o corpo sobre o cotovello:
MARIA baixando o olhar:
JUDAS ergue-se de chofre e avança como para seguil-a; mas detem-se, perplexo. Depois, desalentado, senta-se n'um dos degraus da porta por onde Maria saíu, a cabeça entre as mãos, os cotovellos fincados nos joelhos. Ao cabo de longo meditar, solta brandamente a sua voz:
BENJAMIM com muita humildade:
JUDAS voltando-se, rapido, e agarrando-o brutalmente pela nuca:
BENJAMIM avergado, mas sempre humilde:
JUDAS sem o largar:
BENJAMIM amigavelmente, em censura carinhosa:
JUDAS largando-lhe a nuca, mas agarrando-lhe logo um braço:
BENJAMIM sinceramente:
JUDAS como comsigo, satisfeito:
BENJAMIM
JUDAS, rapido:
BENJAMIM explicando:
JUDAS ficou hesitante, tendo largado Benjamim, que foi trocar signaes com Josué.
BENJAMIM agora senhor de si:
JUDAS nervosamente:
BENJAMIM imperioso, rapido, monotono, quasi ao ouvido de Judas, que parece devorar-lhe as palavras:
JUDAS
BENJAMIM
JUDAS animado, satisfeito:
BENJAMIM
JUDAS hesitando, vagamente acobardado:
BENJAMIM
JUDAS
BENJAMIM
JUDAS ficou perplexo ainda, como medindo a gravidade da proposta. Mas depois:
MARIA que no limiar da porta ficára tambem indecisa:
JUDAS
MARIA condescendente:
JUDAS caricioso:
JUDAS
MARIA com simplicidade, avançando um pouco:
JUDAS tôrvamente:
MARIA que não se moveu, serenamente:
JUDAS n'um rugido:
MARIA sempre immovel:
JUDAS com as mãos encrespadas, os labios trementes:
MARIA sem se perturbar:
JUDAS caíndo em si, fica por momentos silencioso. Depois, com o rosto dolorido, n'um queixume:
MARIA com ligeiro movimento de cabeça:
JUDAS promptamente transformado, n'um arranco furioso:
MARIA com a voz tranquilla:
JUDAS interrompendo-a com uma risada feroz:
MARIA
JUDAS allucinado, avançando para ella:
MARIA levando instinctivamente as mãos aos seios:
JUDAS com os olhos chammejantes, as mãos trémulas, os passos rigidos, agarrando-a:
MARIA evitando-lhe os beijos:
JUDAS arrastando-a para o triclinio:
MARIA com a voz estrangulada, luctando:
JUDAS pondo-lhe a mão na bôca:
MARIA já sem forças:
JUDAS achegando-a ao peito, lúbrico, antegosando a posse:
EM 9 DE NISAN
MATHEUS
SIMÃO PEDRA
SIMÃO
SIMÃO PEDRA
SIMÃO
MATHEUS que n'um movimento de cabeça concordára e que bebera depois d'aspirar o bom perfume:
SIMÃO apresentando outra infusa:
SIMÃO PEDRA
SIMÃO
MATHEUS
SIMÃO
SIMÃO PEDRA pousando o copo onde o olhar pensativo está fixando:
MATHEUS
SIMÃO PEDRA
JOÃO que parecia estranho a tudo, fala emfim, com o olhar cravado em Judas, que continúa lendo:
SIMÃO quasi em segredo aos seus dois commensaes:
SIMÃO PEDRA tristemente:
MATHEUS
SIMÃO
MATHEUS
SIMÃO
MATHEUS
SIMÃO
SIMÃO PEDRA muito confidencial:
SIMÃO
SIMÃO PEDRA
SIMÃO como assombrado:
SIMÃO PEDRA
SIMÃO
MATHEUS
JOÃO tinha voltado, e encostára-se a uma das camilhas, observando sempre Judas. Como não possa conter o que sente em si, aproveita o ensejo de estar a sós com elle para expandir-se. Começa, porem, em tom sereno, como procurando dominar-se:
JUDAS
JOÃO
JUDAS sereno e sempre sentado:
JOÃO
JUDAS com affectada bonhomía:
JOÃO
JUDAS
JOÃO
JUDAS erguendo-se, vagaroso, com o rôlo nas mãos, fingindo indifferença:
JOÃO
JUDAS
JOÃO
JUDAS avançando para elle, irrompe finalmente com um rugido abafado, o olhar ameaçador:
JOÃO cruza os braços e sereno:
JUDAS, que em silencio estivera contorcendo as mãos nervosamente, diz-lhe emfim com muita ironía:
JOÃO repêso, olha para elle bondosamente e com um sorriso amigo:
JUDAS n'um brusco impulso de independencia:
JOÃO ficou meditando, e depois generosamente, como falando á sua propria consciencia:
ELEAZAR indicando João aos companheiros:
SIMÃO PEDRA
JOÃO cercado pelos amigos e já esquecido do que se passou, todo o seu pensamento entregue ao Mestre:
MATHEUS
SIMÃO PEDRA
JOÃO
SIMÃO PEDRA
JOÃO
SIMÃO PEDRA
JOÃO
SIMÃO PEDRA
JOÃO
SIMÃO PEDRA
JOÃO, animando-se, cheio de puro enthusiasmo messianico:
GAMALIEL que pouco antes chegára da cidade, ouviu todo o falar de João. Traz o rosto abatido, o olhar cavo; dir-se-ía portador de uma nova terrivel.
TODOS em sobresalto:
JOÃO
SIMÃO PEDRA
MATHEUS
JOÃO
GAMALIEL pausada e custosamente:
SIMÃO PEDRA, erguendo as mãos aos ceus:
MATHEUS, convulsamente:
JOÃO, n'um grito:
ELEAZAR agarrando Gamaliel por um pulso:
GAMALIEL
JOÃO
ELEAZAR
GAMALIEL
JOÃO
GAMALIEL, procurando serenar os animos; as lagrimas borbulhando nos olhos e cahindo-lhe pelas barbas brancas:
SIMÃO PEDRA tambem resoluto:
JOÃO
GAMALIEL
ELEAZAR
MATHEUS
SIMÃO
JOÃO
MARTHA
MARIA, indolente:
MARTHA
MARIA
MARTHA
MARIA
MARTHA
MARIA
MARTHA, abeirando-se da irmã, muito meiga:
MARIA
JUDAS
MARTHA muito admirada:
JUDAS indolente, recostando-se n'uma das camilhas do triclinio:
MARIA
JUDAS
MARIA, sem o fitar, serena:
JUDAS cerrando as palpebras:
MARTHA com muita convicção:
JUDAS abriu os olhos, fitou-a, e depois, fechando-os de novo:
MARTHA surpreza:
JUDAS
MARTHA abeirando-se d'elle, e pondo-lhe a mão no hombro, diz com uncção, melodiosamente:
MARIA, querendo esquivar-se:
MARTHA
MARIA conserva-se indecisa por algum tempo; mas depois, como respondendo a si propria:
JUDAS erguendo o corpo sobre o cotovello:
MARIA baixando o olhar:
JUDAS ergue-se de chofre e avança como para seguil-a; mas detem-se, perplexo. Depois, desalentado, senta-se n'um dos degraus da porta por onde Maria saíu, a cabeça entre as mãos, os cotovellos fincados nos joelhos. Ao cabo de longo meditar, solta brandamente a sua voz:
BENJAMIM com muita humildade:
JUDAS voltando-se, rapido, e agarrando-o brutalmente pela nuca:
BENJAMIM avergado, mas sempre humilde:
JUDAS sem o largar:
BENJAMIM amigavelmente, em censura carinhosa:
JUDAS largando-lhe a nuca, mas agarrando-lhe logo um braço:
BENJAMIM sinceramente:
JUDAS como comsigo, satisfeito:
BENJAMIM
JUDAS, rapido:
BENJAMIM explicando:
JUDAS ficou hesitante, tendo largado Benjamim, que foi trocar signaes com Josué.
BENJAMIM agora senhor de si:
JUDAS nervosamente:
BENJAMIM imperioso, rapido, monotono, quasi ao ouvido de Judas, que parece devorar-lhe as palavras:
JUDAS
BENJAMIM
JUDAS animado, satisfeito:
BENJAMIM
JUDAS hesitando, vagamente acobardado:
BENJAMIM
JUDAS
BENJAMIM
JUDAS ficou perplexo ainda, como medindo a gravidade da proposta. Mas depois:
MARIA que no limiar da porta ficára tambem indecisa:
JUDAS
MARIA condescendente:
JUDAS caricioso:
JUDAS
MARIA com simplicidade, avançando um pouco:
JUDAS tôrvamente:
MARIA que não se moveu, serenamente:
JUDAS n'um rugido:
MARIA sempre immovel:
JUDAS com as mãos encrespadas, os labios trementes:
MARIA sem se perturbar:
JUDAS caíndo em si, fica por momentos silencioso. Depois, com o rosto dolorido, n'um queixume:
MARIA com ligeiro movimento de cabeça:
JUDAS promptamente transformado, n'um arranco furioso:
MARIA com a voz tranquilla:
JUDAS interrompendo-a com uma risada feroz:
MARIA
JUDAS allucinado, avançando para ella:
MARIA levando instinctivamente as mãos aos seios:
JUDAS com os olhos chammejantes, as mãos trémulas, os passos rigidos, agarrando-a:
MARIA evitando-lhe os beijos:
JUDAS arrastando-a para o triclinio:
MARIA com a voz estrangulada, luctando:
JUDAS pondo-lhe a mão na bôca:
MARIA já sem forças:
JUDAS achegando-a ao peito, lúbrico, antegosando a posse:
MATHEUS
SIMÃO PEDRA
SIMÃO
SIMÃO PEDRA
SIMÃO
MATHEUS que n'um movimento de cabeça concordára e que bebera depois d'aspirar o bom perfume:
SIMÃO apresentando outra infusa:
SIMÃO PEDRA
SIMÃO
MATHEUS
SIMÃO
SIMÃO PEDRA pousando o copo onde o olhar pensativo está fixando:
MATHEUS
SIMÃO PEDRA
JOÃO que parecia estranho a tudo, fala emfim, com o olhar cravado em Judas, que continúa lendo:
SIMÃO quasi em segredo aos seus dois commensaes:
SIMÃO PEDRA tristemente:
MATHEUS
SIMÃO
MATHEUS
SIMÃO
MATHEUS
SIMÃO
SIMÃO PEDRA muito confidencial:
SIMÃO
SIMÃO PEDRA
SIMÃO como assombrado:
SIMÃO PEDRA
SIMÃO
MATHEUS
JOÃO tinha voltado, e encostára-se a uma das camilhas, observando sempre Judas. Como não possa conter o que sente em si, aproveita o ensejo de estar a sós com elle para expandir-se. Começa, porem, em tom sereno, como procurando dominar-se:
JUDAS
JOÃO
JUDAS sereno e sempre sentado:
JOÃO
JUDAS com affectada bonhomía:
JOÃO
JUDAS
JOÃO
JUDAS erguendo-se, vagaroso, com o rôlo nas mãos, fingindo indifferença:
JOÃO
JUDAS
JOÃO
JUDAS avançando para elle, irrompe finalmente com um rugido abafado, o olhar ameaçador:
JOÃO cruza os braços e sereno:
JUDAS, que em silencio estivera contorcendo as mãos nervosamente, diz-lhe emfim com muita ironía:
JOÃO repêso, olha para elle bondosamente e com um sorriso amigo:
JUDAS n'um brusco impulso de independencia:
JOÃO ficou meditando, e depois generosamente, como falando á sua propria consciencia:
ELEAZAR indicando João aos companheiros:
SIMÃO PEDRA
JOÃO cercado pelos amigos e já esquecido do que se passou, todo o seu pensamento entregue ao Mestre:
MATHEUS
SIMÃO PEDRA
JOÃO
SIMÃO PEDRA
JOÃO
SIMÃO PEDRA
JOÃO
SIMÃO PEDRA
JOÃO
SIMÃO PEDRA
JOÃO, animando-se, cheio de puro enthusiasmo messianico:
GAMALIEL que pouco antes chegára da cidade, ouviu todo o falar de João. Traz o rosto abatido, o olhar cavo; dir-se-ía portador de uma nova terrivel.
TODOS em sobresalto:
JOÃO
SIMÃO PEDRA
MATHEUS
JOÃO
GAMALIEL pausada e custosamente:
SIMÃO PEDRA, erguendo as mãos aos ceus:
MATHEUS, convulsamente:
JOÃO, n'um grito:
ELEAZAR agarrando Gamaliel por um pulso:
GAMALIEL
JOÃO
ELEAZAR
GAMALIEL
JOÃO
GAMALIEL, procurando serenar os animos; as lagrimas borbulhando nos olhos e cahindo-lhe pelas barbas brancas:
SIMÃO PEDRA tambem resoluto:
JOÃO
GAMALIEL
ELEAZAR
MATHEUS
SIMÃO
JOÃO
MARTHA
MARIA, indolente:
MARTHA
MARIA
MARTHA
MARIA
MARTHA
MARIA
MARTHA, abeirando-se da irmã, muito meiga:
MARIA
JUDAS
MARTHA muito admirada:
JUDAS indolente, recostando-se n'uma das camilhas do triclinio:
MARIA
JUDAS
MARIA, sem o fitar, serena:
JUDAS cerrando as palpebras:
MARTHA com muita convicção:
JUDAS abriu os olhos, fitou-a, e depois, fechando-os de novo:
MARTHA surpreza:
JUDAS
MARTHA abeirando-se d'elle, e pondo-lhe a mão no hombro, diz com uncção, melodiosamente:
MARIA, querendo esquivar-se:
MARTHA
MARIA conserva-se indecisa por algum tempo; mas depois, como respondendo a si propria:
JUDAS erguendo o corpo sobre o cotovello:
MARIA baixando o olhar:
JUDAS ergue-se de chofre e avança como para seguil-a; mas detem-se, perplexo. Depois, desalentado, senta-se n'um dos degraus da porta por onde Maria saíu, a cabeça entre as mãos, os cotovellos fincados nos joelhos. Ao cabo de longo meditar, solta brandamente a sua voz:
BENJAMIM com muita humildade:
JUDAS voltando-se, rapido, e agarrando-o brutalmente pela nuca:
BENJAMIM avergado, mas sempre humilde:
JUDAS sem o largar:
BENJAMIM amigavelmente, em censura carinhosa:
JUDAS largando-lhe a nuca, mas agarrando-lhe logo um braço:
BENJAMIM sinceramente:
JUDAS como comsigo, satisfeito:
BENJAMIM
JUDAS, rapido:
BENJAMIM explicando:
JUDAS ficou hesitante, tendo largado Benjamim, que foi trocar signaes com Josué.
BENJAMIM agora senhor de si:
JUDAS nervosamente:
BENJAMIM imperioso, rapido, monotono, quasi ao ouvido de Judas, que parece devorar-lhe as palavras:
JUDAS
BENJAMIM
JUDAS animado, satisfeito:
BENJAMIM
JUDAS hesitando, vagamente acobardado:
BENJAMIM
JUDAS
BENJAMIM
JUDAS ficou perplexo ainda, como medindo a gravidade da proposta. Mas depois:
MARIA que no limiar da porta ficára tambem indecisa:
JUDAS
MARIA condescendente:
JUDAS caricioso:
JUDAS
MARIA com simplicidade, avançando um pouco:
JUDAS tôrvamente:
MARIA que não se moveu, serenamente:
JUDAS n'um rugido:
MARIA sempre immovel:
JUDAS com as mãos encrespadas, os labios trementes:
MARIA sem se perturbar:
JUDAS caíndo em si, fica por momentos silencioso. Depois, com o rosto dolorido, n'um queixume:
MARIA com ligeiro movimento de cabeça:
JUDAS promptamente transformado, n'um arranco furioso:
MARIA com a voz tranquilla:
JUDAS interrompendo-a com uma risada feroz:
MARIA
JUDAS allucinado, avançando para ella:
MARIA levando instinctivamente as mãos aos seios:
JUDAS com os olhos chammejantes, as mãos trémulas, os passos rigidos, agarrando-a:
MARIA evitando-lhe os beijos:
JUDAS arrastando-a para o triclinio:
MARIA com a voz estrangulada, luctando:
JUDAS pondo-lhe a mão na bôca:
MARIA já sem forças:
JUDAS achegando-a ao peito, lúbrico, antegosando a posse:
TERCEIRA JORNADA
EM 13 DE NISAN
TERCEIRA JORNADA
EM 13 DE NISAN
CLAUDIA solta emfim um suspiro.
GEDA
CLAUDIA
GEDA vae ligeira ao candalabro; d'elle tira uma vella e dirige-se á clépsydra. Repõe depois no seu logar a vella, e voltando para junto de Claudia:
CLAUDIA
GEDA
CLAUDIA boceja largamente.
CLAUDIA indolente, para Geda:
PONCIO sem se voltar, continuando a lêr:
CLAUDIA em sobresalto infantil:
PONCIO
CLAUDIA que em silencio ficára appreensiva:
PONCIO sem se mover:
CLAUDIA apoiando-se nas costas da cadeira por detraz d'elle:
PONCIO
CLAUDIA não podendo conter a intima revolta:
PONCIO enrugando a testa e sem olhar para Claudia:
CLAUDIA
PONCIO que se voltára, encarando n'ella, e em tom suasorio:
CLAUDIA n'uma espansão de franqueza em que o desdem transparece:
PONCIO resoluto, imperioso, deixando caír na meza a mão espalmada:
CLAUDIA decorridos alguns instantes, refreando a cólera:
PONCIO indifferente:
CLAUDIA
PONCIO
CLAUDIA
PONCIO
CLAUDIA muito a sério:
PONCIO bamboleando a perna e sem mudar de expressão:
CLAUDIA
PONCIO franzindo lévemente o sobr'olho:
CLAUDIA sorrindo, palaciana e misteriosa:
O OSTIARIO
PONCIO erguendo-se:
O OSTIARIO
PONCIO surprezo, como comsigo:
O OSTIARIO
PONCIO depois de reflectir:
HANAN que se adiantou até á presença de Poncio, curvando-se perante elle:
PONCIO que nem para elle olhou, desdenhoso:
HANAN fingindo não ter percebido:
PONCIO ironico:
HANAN
PONCIO voltou-se um pouco, lançou um rapido olhar a Judas, e depois, encostando o braço á meza e com a cabeça reclinada na mão:
HANAN muito submisso de começo:
PONCIO, serenamente, mas deixando accentuado o seu desdem, aquelle desdem dos romanos pelos povos vencidos:
HANAN offendido, elevando a voz:
PONCIO olhando para elle de fito, severamente:
HANAN matreiro:
PONCIO sem desviar d'elle o olhar:
HANAN muito submisso:
PONCIO cortando a harenga, novamente em tom sarcastico:
HANAN refreando a cólera:
PONCIO
HANAN com ironia e falsa humildade:
PONCIO fitando-o enfurecido, dá um murro na meza; e erguendo-se:
HANAN depois de algum silencio, tentando convencel-o á bôa paz:
PONCIO tranquillo, sorrindo:
HANAN recuando, como se ouvisse uma heresia:
PONCIO com bonhomia, exagerando muito o valor das palavras:
HANAN ao ouvido de Judas:
JUDAS reservadamente:
HANAN
JUDAS
HANAN muito supplicante a Poncio:
PONCIO olhou novamente para Judas, e com enfadada condescendencia:
JUDAS avança até á presença de Poncio. Saúdou-o, e muito senhor de si, firme, resoluto, assim começa:
PONCIO estremeceu, carregou o semblante:
JUDAS com sinceridade hypocrita:
PONCIO ergue-se de chofre, com o olhar incendido, trémulo, os braços alevantados. E o seu vulto branco, destacando-se no fundo escuro da vasta quadra, dir-se-ía o d'um espectro de destruição.
HANAN detendo-o, supplicante, receioso:
PONCIO sem querer ouvil-o:
HANAN n'um protesto:
JUDAS
HANAN matreiramente:
JUDAS
PONCIO que os ouviu taciturno, balbucia, como falando a si proprio:
HANAN
PONCIO
HANAN radiante de alegria, ao ouvido de Judas:
JUDAS soturno:
HANAN
JUDAS indifferente:
O OSTIARIO que appareceu no terraço:
PONCIO
O OSTIARIO
PONCIO
HANAN que se curvára muito á passagem de Poncio, murmúra:
JUDAS tambem n'um murmurio, quasi inaudivel:
GEDA affasta o coxim, trazendo-o para o interior da quadra e faz correr parte do reposteiro que pende do arco.
A MULHER adiantando-se como procurando alguem:
GEDA admirada e insolente:
A MULHER
GEDA
A MULHER
GEDA
A MULHER
GEDA
A MULHER assumindo attitude imperiosa:
GEDA dominada pelo tom de voz da desconhecida, colloca o candalabro na meza.
MARIA com os olhos erguidos ao ceu, os labios balbuciantes, como n'uma préce:
CLAUDIA apparece muito descuidosa, e, ao vel-a, não reprime o seu assombro.
MARIA baixou a fronte; e a meia voz:
CLAUDIA
MARIA
CLAUDIA encostando-se á meza, e esmagando Maria com a imponencia da sua figura:
MARIA com meiguice:
CLAUDIA com uma risada:
MARIA docemente:
CLAUDIA zombeteira, petulante:
MARIA animando-se pouco a pouco:
CLAUDIA depois de nova risada:
MARIA
CLAUDIA revolvendo na ferida o punhal da ironia:
MARIA erguendo-se, n'um movimento de indignação:
CLAUDIA adormecida, vagamente:
MARIA continuando alheiada a tudo:
CLAUDIA adormecida, vagamente:
MARIA ergue-se vagarosamente; e, resignada:
CLAUDIA solta emfim um suspiro.
GEDA
CLAUDIA
GEDA vae ligeira ao candalabro; d'elle tira uma vella e dirige-se á clépsydra. Repõe depois no seu logar a vella, e voltando para junto de Claudia:
CLAUDIA
GEDA
CLAUDIA boceja largamente.
CLAUDIA indolente, para Geda:
PONCIO sem se voltar, continuando a lêr:
CLAUDIA em sobresalto infantil:
PONCIO
CLAUDIA que em silencio ficára appreensiva:
PONCIO sem se mover:
CLAUDIA apoiando-se nas costas da cadeira por detraz d'elle:
PONCIO
CLAUDIA não podendo conter a intima revolta:
PONCIO enrugando a testa e sem olhar para Claudia:
CLAUDIA
PONCIO que se voltára, encarando n'ella, e em tom suasorio:
CLAUDIA n'uma espansão de franqueza em que o desdem transparece:
PONCIO resoluto, imperioso, deixando caír na meza a mão espalmada:
CLAUDIA decorridos alguns instantes, refreando a cólera:
PONCIO indifferente:
CLAUDIA
PONCIO
CLAUDIA
PONCIO
CLAUDIA muito a sério:
PONCIO bamboleando a perna e sem mudar de expressão:
CLAUDIA
PONCIO franzindo lévemente o sobr'olho:
CLAUDIA sorrindo, palaciana e misteriosa:
O OSTIARIO
PONCIO erguendo-se:
O OSTIARIO
PONCIO surprezo, como comsigo:
O OSTIARIO
PONCIO depois de reflectir:
HANAN que se adiantou até á presença de Poncio, curvando-se perante elle:
PONCIO que nem para elle olhou, desdenhoso:
HANAN fingindo não ter percebido:
PONCIO ironico:
HANAN
PONCIO voltou-se um pouco, lançou um rapido olhar a Judas, e depois, encostando o braço á meza e com a cabeça reclinada na mão:
HANAN muito submisso de começo:
PONCIO, serenamente, mas deixando accentuado o seu desdem, aquelle desdem dos romanos pelos povos vencidos:
HANAN offendido, elevando a voz:
PONCIO olhando para elle de fito, severamente:
HANAN matreiro:
PONCIO sem desviar d'elle o olhar:
HANAN muito submisso:
PONCIO cortando a harenga, novamente em tom sarcastico:
HANAN refreando a cólera:
PONCIO
HANAN com ironia e falsa humildade:
PONCIO fitando-o enfurecido, dá um murro na meza; e erguendo-se:
HANAN depois de algum silencio, tentando convencel-o á bôa paz:
PONCIO tranquillo, sorrindo:
HANAN recuando, como se ouvisse uma heresia:
PONCIO com bonhomia, exagerando muito o valor das palavras:
HANAN ao ouvido de Judas:
JUDAS reservadamente:
HANAN
JUDAS
HANAN muito supplicante a Poncio:
PONCIO olhou novamente para Judas, e com enfadada condescendencia:
JUDAS avança até á presença de Poncio. Saúdou-o, e muito senhor de si, firme, resoluto, assim começa:
PONCIO estremeceu, carregou o semblante:
JUDAS com sinceridade hypocrita:
PONCIO ergue-se de chofre, com o olhar incendido, trémulo, os braços alevantados. E o seu vulto branco, destacando-se no fundo escuro da vasta quadra, dir-se-ía o d'um espectro de destruição.
HANAN detendo-o, supplicante, receioso:
PONCIO sem querer ouvil-o:
HANAN n'um protesto:
JUDAS
HANAN matreiramente:
JUDAS
PONCIO que os ouviu taciturno, balbucia, como falando a si proprio:
HANAN
PONCIO
HANAN radiante de alegria, ao ouvido de Judas:
JUDAS soturno:
HANAN
JUDAS indifferente:
O OSTIARIO que appareceu no terraço:
PONCIO
O OSTIARIO
PONCIO
HANAN que se curvára muito á passagem de Poncio, murmúra:
JUDAS tambem n'um murmurio, quasi inaudivel:
GEDA affasta o coxim, trazendo-o para o interior da quadra e faz correr parte do reposteiro que pende do arco.
A MULHER adiantando-se como procurando alguem:
GEDA admirada e insolente:
A MULHER
GEDA
A MULHER
GEDA
A MULHER
GEDA
A MULHER assumindo attitude imperiosa:
GEDA dominada pelo tom de voz da desconhecida, colloca o candalabro na meza.
MARIA com os olhos erguidos ao ceu, os labios balbuciantes, como n'uma préce:
CLAUDIA apparece muito descuidosa, e, ao vel-a, não reprime o seu assombro.
MARIA baixou a fronte; e a meia voz:
CLAUDIA
MARIA
CLAUDIA encostando-se á meza, e esmagando Maria com a imponencia da sua figura:
MARIA com meiguice:
CLAUDIA com uma risada:
MARIA docemente:
CLAUDIA zombeteira, petulante:
MARIA animando-se pouco a pouco:
CLAUDIA depois de nova risada:
MARIA
CLAUDIA revolvendo na ferida o punhal da ironia:
MARIA erguendo-se, n'um movimento de indignação:
CLAUDIA adormecida, vagamente:
MARIA continuando alheiada a tudo:
CLAUDIA adormecida, vagamente:
MARIA ergue-se vagarosamente; e, resignada:
EM 13 DE NISAN
CLAUDIA solta emfim um suspiro.
GEDA
CLAUDIA
GEDA vae ligeira ao candalabro; d'elle tira uma vella e dirige-se á clépsydra. Repõe depois no seu logar a vella, e voltando para junto de Claudia:
CLAUDIA
GEDA
CLAUDIA boceja largamente.
CLAUDIA indolente, para Geda:
PONCIO sem se voltar, continuando a lêr:
CLAUDIA em sobresalto infantil:
PONCIO
CLAUDIA que em silencio ficára appreensiva:
PONCIO sem se mover:
CLAUDIA apoiando-se nas costas da cadeira por detraz d'elle:
PONCIO
CLAUDIA não podendo conter a intima revolta:
PONCIO enrugando a testa e sem olhar para Claudia:
CLAUDIA
PONCIO que se voltára, encarando n'ella, e em tom suasorio:
CLAUDIA n'uma espansão de franqueza em que o desdem transparece:
PONCIO resoluto, imperioso, deixando caír na meza a mão espalmada:
CLAUDIA decorridos alguns instantes, refreando a cólera:
PONCIO indifferente:
CLAUDIA
PONCIO
CLAUDIA
PONCIO
CLAUDIA muito a sério:
PONCIO bamboleando a perna e sem mudar de expressão:
CLAUDIA
PONCIO franzindo lévemente o sobr'olho:
CLAUDIA sorrindo, palaciana e misteriosa:
O OSTIARIO
PONCIO erguendo-se:
O OSTIARIO
PONCIO surprezo, como comsigo:
O OSTIARIO
PONCIO depois de reflectir:
HANAN que se adiantou até á presença de Poncio, curvando-se perante elle:
PONCIO que nem para elle olhou, desdenhoso:
HANAN fingindo não ter percebido:
PONCIO ironico:
HANAN
PONCIO voltou-se um pouco, lançou um rapido olhar a Judas, e depois, encostando o braço á meza e com a cabeça reclinada na mão:
HANAN muito submisso de começo:
PONCIO, serenamente, mas deixando accentuado o seu desdem, aquelle desdem dos romanos pelos povos vencidos:
HANAN offendido, elevando a voz:
PONCIO olhando para elle de fito, severamente:
HANAN matreiro:
PONCIO sem desviar d'elle o olhar:
HANAN muito submisso:
PONCIO cortando a harenga, novamente em tom sarcastico:
HANAN refreando a cólera:
PONCIO
HANAN com ironia e falsa humildade:
PONCIO fitando-o enfurecido, dá um murro na meza; e erguendo-se:
HANAN depois de algum silencio, tentando convencel-o á bôa paz:
PONCIO tranquillo, sorrindo:
HANAN recuando, como se ouvisse uma heresia:
PONCIO com bonhomia, exagerando muito o valor das palavras:
HANAN ao ouvido de Judas:
JUDAS reservadamente:
HANAN
JUDAS
HANAN muito supplicante a Poncio:
PONCIO olhou novamente para Judas, e com enfadada condescendencia:
JUDAS avança até á presença de Poncio. Saúdou-o, e muito senhor de si, firme, resoluto, assim começa:
PONCIO estremeceu, carregou o semblante:
JUDAS com sinceridade hypocrita:
PONCIO ergue-se de chofre, com o olhar incendido, trémulo, os braços alevantados. E o seu vulto branco, destacando-se no fundo escuro da vasta quadra, dir-se-ía o d'um espectro de destruição.
HANAN detendo-o, supplicante, receioso:
PONCIO sem querer ouvil-o:
HANAN n'um protesto:
JUDAS
HANAN matreiramente:
JUDAS
PONCIO que os ouviu taciturno, balbucia, como falando a si proprio:
HANAN
PONCIO
HANAN radiante de alegria, ao ouvido de Judas:
JUDAS soturno:
HANAN
JUDAS indifferente:
O OSTIARIO que appareceu no terraço:
PONCIO
O OSTIARIO
PONCIO
HANAN que se curvára muito á passagem de Poncio, murmúra:
JUDAS tambem n'um murmurio, quasi inaudivel:
GEDA affasta o coxim, trazendo-o para o interior da quadra e faz correr parte do reposteiro que pende do arco.
A MULHER adiantando-se como procurando alguem:
GEDA admirada e insolente:
A MULHER
GEDA
A MULHER
GEDA
A MULHER
GEDA
A MULHER assumindo attitude imperiosa:
GEDA dominada pelo tom de voz da desconhecida, colloca o candalabro na meza.
MARIA com os olhos erguidos ao ceu, os labios balbuciantes, como n'uma préce:
CLAUDIA apparece muito descuidosa, e, ao vel-a, não reprime o seu assombro.
MARIA baixou a fronte; e a meia voz:
CLAUDIA
MARIA
CLAUDIA encostando-se á meza, e esmagando Maria com a imponencia da sua figura:
MARIA com meiguice:
CLAUDIA com uma risada:
MARIA docemente:
CLAUDIA zombeteira, petulante:
MARIA animando-se pouco a pouco:
CLAUDIA depois de nova risada:
MARIA
CLAUDIA revolvendo na ferida o punhal da ironia:
MARIA erguendo-se, n'um movimento de indignação:
CLAUDIA adormecida, vagamente:
MARIA continuando alheiada a tudo:
CLAUDIA adormecida, vagamente:
MARIA ergue-se vagarosamente; e, resignada:
CLAUDIA solta emfim um suspiro.
GEDA
CLAUDIA
GEDA vae ligeira ao candalabro; d'elle tira uma vella e dirige-se á clépsydra. Repõe depois no seu logar a vella, e voltando para junto de Claudia:
CLAUDIA
GEDA
CLAUDIA boceja largamente.
CLAUDIA indolente, para Geda:
PONCIO sem se voltar, continuando a lêr:
CLAUDIA em sobresalto infantil:
PONCIO
CLAUDIA que em silencio ficára appreensiva:
PONCIO sem se mover:
CLAUDIA apoiando-se nas costas da cadeira por detraz d'elle:
PONCIO
CLAUDIA não podendo conter a intima revolta:
PONCIO enrugando a testa e sem olhar para Claudia:
CLAUDIA
PONCIO que se voltára, encarando n'ella, e em tom suasorio:
CLAUDIA n'uma espansão de franqueza em que o desdem transparece:
PONCIO resoluto, imperioso, deixando caír na meza a mão espalmada:
CLAUDIA decorridos alguns instantes, refreando a cólera:
PONCIO indifferente:
CLAUDIA
PONCIO
CLAUDIA
PONCIO
CLAUDIA muito a sério:
PONCIO bamboleando a perna e sem mudar de expressão:
CLAUDIA
PONCIO franzindo lévemente o sobr'olho:
CLAUDIA sorrindo, palaciana e misteriosa:
O OSTIARIO
PONCIO erguendo-se:
O OSTIARIO
PONCIO surprezo, como comsigo:
O OSTIARIO
PONCIO depois de reflectir:
HANAN que se adiantou até á presença de Poncio, curvando-se perante elle:
PONCIO que nem para elle olhou, desdenhoso:
HANAN fingindo não ter percebido:
PONCIO ironico:
HANAN
PONCIO voltou-se um pouco, lançou um rapido olhar a Judas, e depois, encostando o braço á meza e com a cabeça reclinada na mão:
HANAN muito submisso de começo:
PONCIO, serenamente, mas deixando accentuado o seu desdem, aquelle desdem dos romanos pelos povos vencidos:
HANAN offendido, elevando a voz:
PONCIO olhando para elle de fito, severamente:
HANAN matreiro:
PONCIO sem desviar d'elle o olhar:
HANAN muito submisso:
PONCIO cortando a harenga, novamente em tom sarcastico:
HANAN refreando a cólera:
PONCIO
HANAN com ironia e falsa humildade:
PONCIO fitando-o enfurecido, dá um murro na meza; e erguendo-se:
HANAN depois de algum silencio, tentando convencel-o á bôa paz:
PONCIO tranquillo, sorrindo:
HANAN recuando, como se ouvisse uma heresia:
PONCIO com bonhomia, exagerando muito o valor das palavras:
HANAN ao ouvido de Judas:
JUDAS reservadamente:
HANAN
JUDAS
HANAN muito supplicante a Poncio:
PONCIO olhou novamente para Judas, e com enfadada condescendencia:
JUDAS avança até á presença de Poncio. Saúdou-o, e muito senhor de si, firme, resoluto, assim começa:
PONCIO estremeceu, carregou o semblante:
JUDAS com sinceridade hypocrita:
PONCIO ergue-se de chofre, com o olhar incendido, trémulo, os braços alevantados. E o seu vulto branco, destacando-se no fundo escuro da vasta quadra, dir-se-ía o d'um espectro de destruição.
HANAN detendo-o, supplicante, receioso:
PONCIO sem querer ouvil-o:
HANAN n'um protesto:
JUDAS
HANAN matreiramente:
JUDAS
PONCIO que os ouviu taciturno, balbucia, como falando a si proprio:
HANAN
PONCIO
HANAN radiante de alegria, ao ouvido de Judas:
JUDAS soturno:
HANAN
JUDAS indifferente:
O OSTIARIO que appareceu no terraço:
PONCIO
O OSTIARIO
PONCIO
HANAN que se curvára muito á passagem de Poncio, murmúra:
JUDAS tambem n'um murmurio, quasi inaudivel:
GEDA affasta o coxim, trazendo-o para o interior da quadra e faz correr parte do reposteiro que pende do arco.
A MULHER adiantando-se como procurando alguem:
GEDA admirada e insolente:
A MULHER
GEDA
A MULHER
GEDA
A MULHER
GEDA
A MULHER assumindo attitude imperiosa:
GEDA dominada pelo tom de voz da desconhecida, colloca o candalabro na meza.
MARIA com os olhos erguidos ao ceu, os labios balbuciantes, como n'uma préce:
CLAUDIA apparece muito descuidosa, e, ao vel-a, não reprime o seu assombro.
MARIA baixou a fronte; e a meia voz:
CLAUDIA
MARIA
CLAUDIA encostando-se á meza, e esmagando Maria com a imponencia da sua figura:
MARIA com meiguice:
CLAUDIA com uma risada:
MARIA docemente:
CLAUDIA zombeteira, petulante:
MARIA animando-se pouco a pouco:
CLAUDIA depois de nova risada:
MARIA
CLAUDIA revolvendo na ferida o punhal da ironia:
MARIA erguendo-se, n'um movimento de indignação:
CLAUDIA adormecida, vagamente:
MARIA continuando alheiada a tudo:
CLAUDIA adormecida, vagamente:
MARIA ergue-se vagarosamente; e, resignada:
QUARTA JORNADA
EM 15 DE NISAN
QUARTA JORNADA
EM 15 DE NISAN
AMPÍO, tocando com o pé no corpo de um dos que dormem:
LAUSO accordando:
FÁBIO, erguendo-se logo; voz de homem dado ao alcool e praguento:
LAUSO erguendo-se:
AMPÍO
FÁBIO
AMPÍO
LAUSO
FÁBIO rindo:
UM MERCADOR em tom submisso:
AMPÍO
O MERCADOR
AMPÍO
O MERCADOR por entre dentes:
FÁBIO com uma risada alvar:
O MERCADOR muito seccamente:
JUDAS, que permaneceu por longo tempo com o olhar erguido para o ceu, a voz muito enfraquecida:
MARIA com o braço pela cintura de Martha, e a voz muito suave e muito resignada:
MARTHA
MARIA
MARTHA
MARIA
MARTHA
CLAUDIA chegando junto de Maria e Martha, cujos rostos se conservam occultos, pára; e depois, poisando a mão no hombro de Maria, diz com voz muito meiga:
MARIA que se voltou, reconhecendo-a e baixinho á irmã:
MARTHA receiosa:
CLAUDIA
MARTHA ao ouvido de Maria:
CLAUDIA
MARIA absôrta:
CLAUDIA
MARIA
CLAUDIA
MARIA baixinho á irmã:
CLAUDIA
MARIA espansiva:
CLAUDIA
MARIA
CLAUDIA
MARIA animando-se:
CLAUDIA suspeitosa:
MARIA
CLAUDIA
MARIA caíndo de joelhos e beijando-lhe as mãos:
CLAUDIA com a voz cheia de bondade, obrigando Maria a erguer-se e abraçando-a:
SIMÃO PEDRA que viera junto de João:
ELEAZAR
SIMÃO
SIMÃO PEDRA
JOÃO que ficára immovel olhando para a muralha da cidade:
GAMALIEL encostado ao bordão, a meia voz, rancoroso:
JOÃO irrompendo:
SIMÃO PEDRA
GAMALIEL por entre dentes:
JOÃO desalentado:
GAMALIEL avançando para elle nervosamente:
JOÃO desanimado:
GAMALIEL animando-se e animando-o:
SIMÃO PEDRA
ELEAZAR
GAMALIEL
JOÃO erguendo-se:
GAMALIEL
SIMÃO PEDRA
GAMALIEL
JOÃO com o olhar brilhante:
SIMÃO PEDRA tambem receioso:
GAMALIEL
JOÃO n'um sobresalto:
ELEAZAR abraçando-se n'elle, espansivo:
SIMÃO incitando-o:
SIMÃO PEDRA secundando já agora Gamaliel:
JOÃO indeciso:
GAMALIEL
ELEAZAR
SIMÃO
SIMÃO PEDRA
GAMALIEL
JOÃO
SIMÃO PEDRA
GAMALIEL agarrando João por um braço:
ELEAZAR
SIMÃO PEDRA
GAMALIEL querendo arrastal-o comsigo:
JOÃO n'uma grande espansão:
GAMALIEL em doida alegria:
JOÃO cheio de ardente enthusiasmo messianico:
GAMALIEL como n'um grito de rebelião, avançando para a cidade:
JOÃO vibrantemente:
GAMALIEL bradando:
JUDAS com desdem:
MARIA parando tambem:
JUDAS, desvairado:
MARIA, reposta da primeira impressão, serenamente:
JUDAS
MARIA
JUDAS impedindo-lhe a passagem:
MARIA
JUDAS
MARIA muito calma:
JUDAS rindo febril:
MARIA
JUDAS rindo:
MARIA
JUDAS de subito receioso:
MARIA
JUDAS
MARIA, dogmatica:
JUDAS acobardado:
MARIA em tom profetico:
JUDAS tomado de vago terror:
MARIA animando-se:
JUDAS trémulo:
MARIA terrivelmente:
JUDAS caminhando d'um para outro lado, desvairado:
MARIA perseguindo-o:
JUDAS tentando occultar o rosto:
MARIA erguendo o braço:
JUDAS que seguira com o olhar o movimento de Maria, fixa-o na muralha, e apontando tambem, trémulo, allucinado:
MARIA mais compadecida agora, mas com a voz repassada de austeridade:
JUDAS erguendo a cabeça e como acordado pela impressão que no seu espirito deixaram as ultimas palavras de Maria:
JOÃO solta a sua voz inspirada de orador apocalyptico, de gesto amplo e vigoroso, emquanto muito ao longe os canticos proseguem:
AMPÍO, tocando com o pé no corpo de um dos que dormem:
LAUSO accordando:
FÁBIO, erguendo-se logo; voz de homem dado ao alcool e praguento:
LAUSO erguendo-se:
AMPÍO
FÁBIO
AMPÍO
LAUSO
FÁBIO rindo:
UM MERCADOR em tom submisso:
AMPÍO
O MERCADOR
AMPÍO
O MERCADOR por entre dentes:
FÁBIO com uma risada alvar:
O MERCADOR muito seccamente:
JUDAS, que permaneceu por longo tempo com o olhar erguido para o ceu, a voz muito enfraquecida:
MARIA com o braço pela cintura de Martha, e a voz muito suave e muito resignada:
MARTHA
MARIA
MARTHA
MARIA
MARTHA
CLAUDIA chegando junto de Maria e Martha, cujos rostos se conservam occultos, pára; e depois, poisando a mão no hombro de Maria, diz com voz muito meiga:
MARIA que se voltou, reconhecendo-a e baixinho á irmã:
MARTHA receiosa:
CLAUDIA
MARTHA ao ouvido de Maria:
CLAUDIA
MARIA absôrta:
CLAUDIA
MARIA
CLAUDIA
MARIA baixinho á irmã:
CLAUDIA
MARIA espansiva:
CLAUDIA
MARIA
CLAUDIA
MARIA animando-se:
CLAUDIA suspeitosa:
MARIA
CLAUDIA
MARIA caíndo de joelhos e beijando-lhe as mãos:
CLAUDIA com a voz cheia de bondade, obrigando Maria a erguer-se e abraçando-a:
SIMÃO PEDRA que viera junto de João:
ELEAZAR
SIMÃO
SIMÃO PEDRA
JOÃO que ficára immovel olhando para a muralha da cidade:
GAMALIEL encostado ao bordão, a meia voz, rancoroso:
JOÃO irrompendo:
SIMÃO PEDRA
GAMALIEL por entre dentes:
JOÃO desalentado:
GAMALIEL avançando para elle nervosamente:
JOÃO desanimado:
GAMALIEL animando-se e animando-o:
SIMÃO PEDRA
ELEAZAR
GAMALIEL
JOÃO erguendo-se:
GAMALIEL
SIMÃO PEDRA
GAMALIEL
JOÃO com o olhar brilhante:
SIMÃO PEDRA tambem receioso:
GAMALIEL
JOÃO n'um sobresalto:
ELEAZAR abraçando-se n'elle, espansivo:
SIMÃO incitando-o:
SIMÃO PEDRA secundando já agora Gamaliel:
JOÃO indeciso:
GAMALIEL
ELEAZAR
SIMÃO
SIMÃO PEDRA
GAMALIEL
JOÃO
SIMÃO PEDRA
GAMALIEL agarrando João por um braço:
ELEAZAR
SIMÃO PEDRA
GAMALIEL querendo arrastal-o comsigo:
JOÃO n'uma grande espansão:
GAMALIEL em doida alegria:
JOÃO cheio de ardente enthusiasmo messianico:
GAMALIEL como n'um grito de rebelião, avançando para a cidade:
JOÃO vibrantemente:
GAMALIEL bradando:
JUDAS com desdem:
MARIA parando tambem:
JUDAS, desvairado:
MARIA, reposta da primeira impressão, serenamente:
JUDAS
MARIA
JUDAS impedindo-lhe a passagem:
MARIA
JUDAS
MARIA muito calma:
JUDAS rindo febril:
MARIA
JUDAS rindo:
MARIA
JUDAS de subito receioso:
MARIA
JUDAS
MARIA, dogmatica:
JUDAS acobardado:
MARIA em tom profetico:
JUDAS tomado de vago terror:
MARIA animando-se:
JUDAS trémulo:
MARIA terrivelmente:
JUDAS caminhando d'um para outro lado, desvairado:
MARIA perseguindo-o:
JUDAS tentando occultar o rosto:
MARIA erguendo o braço:
JUDAS que seguira com o olhar o movimento de Maria, fixa-o na muralha, e apontando tambem, trémulo, allucinado:
MARIA mais compadecida agora, mas com a voz repassada de austeridade:
JUDAS erguendo a cabeça e como acordado pela impressão que no seu espirito deixaram as ultimas palavras de Maria:
JOÃO solta a sua voz inspirada de orador apocalyptico, de gesto amplo e vigoroso, emquanto muito ao longe os canticos proseguem:
QUARTA JORNADA
EM 15 DE NISAN
AMPÍO, tocando com o pé no corpo de um dos que dormem:
LAUSO accordando:
FÁBIO, erguendo-se logo; voz de homem dado ao alcool e praguento:
LAUSO erguendo-se:
AMPÍO
FÁBIO
AMPÍO
LAUSO
FÁBIO rindo:
UM MERCADOR em tom submisso:
AMPÍO
O MERCADOR
AMPÍO
O MERCADOR por entre dentes:
FÁBIO com uma risada alvar:
O MERCADOR muito seccamente:
JUDAS, que permaneceu por longo tempo com o olhar erguido para o ceu, a voz muito enfraquecida:
MARIA com o braço pela cintura de Martha, e a voz muito suave e muito resignada:
MARTHA
MARIA
MARTHA
MARIA
MARTHA
CLAUDIA chegando junto de Maria e Martha, cujos rostos se conservam occultos, pára; e depois, poisando a mão no hombro de Maria, diz com voz muito meiga:
MARIA que se voltou, reconhecendo-a e baixinho á irmã:
MARTHA receiosa:
CLAUDIA
MARTHA ao ouvido de Maria:
CLAUDIA
MARIA absôrta:
CLAUDIA
MARIA
CLAUDIA
MARIA baixinho á irmã:
CLAUDIA
MARIA espansiva:
CLAUDIA
MARIA
CLAUDIA
MARIA animando-se:
CLAUDIA suspeitosa:
MARIA
CLAUDIA
MARIA caíndo de joelhos e beijando-lhe as mãos:
CLAUDIA com a voz cheia de bondade, obrigando Maria a erguer-se e abraçando-a:
SIMÃO PEDRA que viera junto de João:
ELEAZAR
SIMÃO
SIMÃO PEDRA
JOÃO que ficára immovel olhando para a muralha da cidade:
GAMALIEL encostado ao bordão, a meia voz, rancoroso:
JOÃO irrompendo:
SIMÃO PEDRA
GAMALIEL por entre dentes:
JOÃO desalentado:
GAMALIEL avançando para elle nervosamente:
JOÃO desanimado:
GAMALIEL animando-se e animando-o:
SIMÃO PEDRA
ELEAZAR
GAMALIEL
JOÃO erguendo-se:
GAMALIEL
SIMÃO PEDRA
GAMALIEL
JOÃO com o olhar brilhante:
SIMÃO PEDRA tambem receioso:
GAMALIEL
JOÃO n'um sobresalto:
ELEAZAR abraçando-se n'elle, espansivo:
SIMÃO incitando-o:
SIMÃO PEDRA secundando já agora Gamaliel:
JOÃO indeciso:
GAMALIEL
ELEAZAR
SIMÃO
SIMÃO PEDRA
GAMALIEL
JOÃO
SIMÃO PEDRA
GAMALIEL agarrando João por um braço:
ELEAZAR
SIMÃO PEDRA
GAMALIEL querendo arrastal-o comsigo:
JOÃO n'uma grande espansão:
GAMALIEL em doida alegria:
JOÃO cheio de ardente enthusiasmo messianico:
GAMALIEL como n'um grito de rebelião, avançando para a cidade:
JOÃO vibrantemente:
GAMALIEL bradando:
JUDAS com desdem:
MARIA parando tambem:
JUDAS, desvairado:
MARIA, reposta da primeira impressão, serenamente:
JUDAS
MARIA
JUDAS impedindo-lhe a passagem:
MARIA
JUDAS
MARIA muito calma:
JUDAS rindo febril:
MARIA
JUDAS rindo:
MARIA
JUDAS de subito receioso:
MARIA
JUDAS
MARIA, dogmatica:
JUDAS acobardado:
MARIA em tom profetico:
JUDAS tomado de vago terror:
MARIA animando-se:
JUDAS trémulo:
MARIA terrivelmente:
JUDAS caminhando d'um para outro lado, desvairado:
MARIA perseguindo-o:
JUDAS tentando occultar o rosto:
MARIA erguendo o braço:
JUDAS que seguira com o olhar o movimento de Maria, fixa-o na muralha, e apontando tambem, trémulo, allucinado:
MARIA mais compadecida agora, mas com a voz repassada de austeridade:
JUDAS erguendo a cabeça e como acordado pela impressão que no seu espirito deixaram as ultimas palavras de Maria:
JOÃO solta a sua voz inspirada de orador apocalyptico, de gesto amplo e vigoroso, emquanto muito ao longe os canticos proseguem:
AMPÍO, tocando com o pé no corpo de um dos que dormem:
LAUSO accordando:
FÁBIO, erguendo-se logo; voz de homem dado ao alcool e praguento:
LAUSO erguendo-se:
AMPÍO
FÁBIO
AMPÍO
LAUSO
FÁBIO rindo:
UM MERCADOR em tom submisso:
AMPÍO
O MERCADOR
AMPÍO
O MERCADOR por entre dentes:
FÁBIO com uma risada alvar:
O MERCADOR muito seccamente:
JUDAS, que permaneceu por longo tempo com o olhar erguido para o ceu, a voz muito enfraquecida:
MARIA com o braço pela cintura de Martha, e a voz muito suave e muito resignada:
MARTHA
MARIA
MARTHA
MARIA
MARTHA
CLAUDIA chegando junto de Maria e Martha, cujos rostos se conservam occultos, pára; e depois, poisando a mão no hombro de Maria, diz com voz muito meiga:
MARIA que se voltou, reconhecendo-a e baixinho á irmã:
MARTHA receiosa:
CLAUDIA
MARTHA ao ouvido de Maria:
CLAUDIA
MARIA absôrta:
CLAUDIA
MARIA
CLAUDIA
MARIA baixinho á irmã:
CLAUDIA
MARIA espansiva:
CLAUDIA
MARIA
CLAUDIA
MARIA animando-se:
CLAUDIA suspeitosa:
MARIA
CLAUDIA
MARIA caíndo de joelhos e beijando-lhe as mãos:
CLAUDIA com a voz cheia de bondade, obrigando Maria a erguer-se e abraçando-a:
SIMÃO PEDRA que viera junto de João:
ELEAZAR
SIMÃO
SIMÃO PEDRA
JOÃO que ficára immovel olhando para a muralha da cidade:
GAMALIEL encostado ao bordão, a meia voz, rancoroso:
JOÃO irrompendo:
SIMÃO PEDRA
GAMALIEL por entre dentes:
JOÃO desalentado:
GAMALIEL avançando para elle nervosamente:
JOÃO desanimado:
GAMALIEL animando-se e animando-o:
SIMÃO PEDRA
ELEAZAR
GAMALIEL
JOÃO erguendo-se:
GAMALIEL
SIMÃO PEDRA
GAMALIEL
JOÃO com o olhar brilhante:
SIMÃO PEDRA tambem receioso:
GAMALIEL
JOÃO n'um sobresalto:
ELEAZAR abraçando-se n'elle, espansivo:
SIMÃO incitando-o:
SIMÃO PEDRA secundando já agora Gamaliel:
JOÃO indeciso:
GAMALIEL
ELEAZAR
SIMÃO
SIMÃO PEDRA
GAMALIEL
JOÃO
SIMÃO PEDRA
GAMALIEL agarrando João por um braço:
ELEAZAR
SIMÃO PEDRA
GAMALIEL querendo arrastal-o comsigo:
JOÃO n'uma grande espansão:
GAMALIEL em doida alegria:
JOÃO cheio de ardente enthusiasmo messianico:
GAMALIEL como n'um grito de rebelião, avançando para a cidade:
JOÃO vibrantemente:
GAMALIEL bradando:
JUDAS com desdem:
MARIA parando tambem:
JUDAS, desvairado:
MARIA, reposta da primeira impressão, serenamente:
JUDAS
MARIA
JUDAS impedindo-lhe a passagem:
MARIA
JUDAS
MARIA muito calma:
JUDAS rindo febril:
MARIA
JUDAS rindo:
MARIA
JUDAS de subito receioso:
MARIA
JUDAS
MARIA, dogmatica:
JUDAS acobardado:
MARIA em tom profetico:
JUDAS tomado de vago terror:
MARIA animando-se:
JUDAS trémulo:
MARIA terrivelmente:
JUDAS caminhando d'um para outro lado, desvairado:
MARIA perseguindo-o:
JUDAS tentando occultar o rosto:
MARIA erguendo o braço:
JUDAS que seguira com o olhar o movimento de Maria, fixa-o na muralha, e apontando tambem, trémulo, allucinado:
MARIA mais compadecida agora, mas com a voz repassada de austeridade:
JUDAS erguendo a cabeça e como acordado pela impressão que no seu espirito deixaram as ultimas palavras de Maria:
JOÃO solta a sua voz inspirada de orador apocalyptico, de gesto amplo e vigoroso, emquanto muito ao longe os canticos proseguem:
The book hasn't received reviews yet.