
Free
Book Description
Table of Contents
- JUDAS
- PRIMEIRA JORNADA
- EM 8 DE NISAN
- PRIMEIRA JORNADA
- EM 8 DE NISAN
- GAMALIEL, que chegou da cidade, arrimado ao seu bordão, as barbas brancas doiradas pelo sol, dirige-se á casa de Simão, e, clamando:
- ELEAZAR assomou logo a uma das janellas. É um rapaz de vinte e tantos annos, franzino e melancólico.
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- GAMALIEL
- ELEAZAR, estremecendo
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- GAMALIEL
- ELEAZAR, com o olhar vago:
- GAMALIEL, que enxugára á manga da tunica uma santa lagrima de enthusiasmo civico:
- ELEAZAR, suggestionado pelas palavras do velho:
- GAMALIEL, n'um clarão de esperança:
- MARIA, que tinha saído de casa e que ouviu as ultimas palavras:
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- MARIA
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- MARIA
- ELEAZAR
- MARIA
- ELEAZAR
- GAMALIEL, ao ouvido de Eleazar, aproveitando o ensejo dado por Maria, que foi sentar-se junto da fonte:
- ELEAZAR, com o intuito de afastar o negro pensamento, que a todos trez opprime no intimo:
- GAMALIEL
- ELEAZAR, abeirando-se muito a elle, supplicante:
- GAMALIEL
- ELEAZAR, saúdando-o:
- GAMALIEL, saúdando-o:
- ELEAZAR sentou-se no tronco d'arvore, pensando; e, como respondendo aos proprios pensamentos:
- MARTHA
- ELEAZAR
- MARTHA
- SIMÃO
- MARIA, em longa abstracção, junto da fonte, como se ninguem a ouvisse:
- SIMÃO, chasqueando-a, mas com meiguice:
- MARIA, com amargo sorriso:
- MARTHA encostada ao hombro do irmão, que se conserva sentado:
- SIMÃO
- ELEAZAR
- MARTHA
- ELEAZAR sorrindo contrafeito:
- MARTHA picada no seu amor proprio:
- ELEAZAR condescendente:
- MARTHA
- ELEAZAR
- MARIA em longa abstração, como se ninguem a ouvisse:
- ELEAZAR perseguido pelo olhar inquiridor de Martha:
- MARTHA afastando-se logo com muito despeito:
- SIMÃO que de parte estivera rindo dos dois:
- ELEAZAR
- SIMÃO
- ELEAZAR
- SIMÃO
- ELEAZAR ás irmãs:
- MARTHA, deixando explodir o seu despeito:
- ELEAZAR beijando-a á viva força:
- MARTHA foi á beira da estrada e segue-os com o olhar. Depois, appreensiva, com vago receio:
- MARIA em longa abstracção, como se ninguem a ouvisse:
- MARTHA que lançou para longe a tristeza, despertada pelo cantar mais proximo d'uma cotovia.
- MARIA
- MARTHA com o cotovello apoiado no joelho de Maria, o olhar limpido erguido para o olhar da irmã:
- MARIA desculpando-os:
- MARTHA
- MARIA com frieza, como a da corrente d'agua que entre os seus dedos vae deslisando:
- MARTHA
- MARIA
- MARTHA
- CLAUDIA em tom faceto de cortezã affeita ao jogo de gracejos nos triclinios de má nota da velha Roma:
- MARTHA muito a mêdo:
- CLAUDIA
- MARIA por entre dentes:
- CLAUDIA
- MARIA fitando-a resoluta, mas serena:
- CLAUDIA deixando cair as palavras uma a uma, como gôtas de chumbo derretido:
- MARIA muito vexada pela insultante benevolencia de Claudia:
- CLAUDIA victoriosa pelo effeito que o perdão causou no animo independente da patriotica filha d'Israel:
- MARTHA supplicante ao ouvido da irmã, que ia responder:
- CLAUDIA rindo, satisfeita, feliz:
- A ESCRAVA GEDA ajudando-a a accomodar-se nas almofadas da liteira:
- CLAUDIA
- O CENTURIÃO AMPÍO ao sequito:
- CLAUDIA
- MARIA
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOSUÉ, timido, covarde, circumvagando o olhar:
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM velhacamente, animando-o:
- JOSUÉ unctuosamente:
- BENJAMIM
- JOSUÉ com desinteresse hypocrita:
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM acceitando-os e juntando-os aos seus:
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOÃO resfolegando:
- MATHEUS
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA, com o braço direito sobre o hombro de Eleazar, n'uma intimidade muito amiga:
- ELEAZAR descrente, mas muito timido, querendo occultar o que lhe vae n'alma:
- SIMÃO PEDRA
- ELEAZAR, quasi a medo:
- SIMÃO PEDRA
- ELEAZAR, depois de grande hesitação:
- SIMÃO PEDRA
- ELEAZAR
- JOÃO que se erguera, rapido e violento:
- JUDAS
- JOÃO muito secco e terminante:
- ELEAZAR ao ouvido de Simão Pedra:
- SIMÃO PEDRA triste e confidencial:
- JUDAS amarga, mas serenamente, depois de ter meditado por algum tempo:
- MATHEUS conciliadôr:
- JUDAS
- MARTHA, assomando a uma das janellas, n'uma risadinha infantil:
- SIMÃO PEDRA, aproveitando a inconsciente intervenção de Martha
- MARTHA
- SIMÃO PEDRA
- MARTHA intimativamente, retirando-se da janella:
- JOÃO a Matheus e a Eleazar, continuando a conversa interrompida e n'um tom de voz inaudivel para Judas:
- SIMÃO PEDRA que se reunira aos tres, carregando o semblante:
- JOÃO em tom leviano:
- SIMÃO PEDRA, que não poude reprimir um sobresalto, tornando-se ainda mais severo:
- ELEAZAR conciliador:
- MATHEUS detendo Simão Pedra, que ia para entrar em casa do Leproso:
- JOÃO repêso, meigo, supplicante:
- SIMÃO PEDRA sorrindo, afinal, benevolo:
- JOÃO abraçando-o effusivamente:
- MATHEUS
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA detendo-o e apontando para Judas, que nada ouviu do que se passára:
- JOÃO com bonhomía:
- JUDAS olhando lealmente para elle e com um sorriso de reconciliado:
- JUDAS solta um suspiro, e erguendo o olhar, expandindo a sua alma:
- GAMALIEL, que chegou da cidade, arrimado ao seu bordão, as barbas brancas doiradas pelo sol, dirige-se á casa de Simão, e, clamando:
- ELEAZAR assomou logo a uma das janellas. É um rapaz de vinte e tantos annos, franzino e melancólico.
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- GAMALIEL
- ELEAZAR, estremecendo
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- GAMALIEL
- ELEAZAR, com o olhar vago:
- GAMALIEL, que enxugára á manga da tunica uma santa lagrima de enthusiasmo civico:
- ELEAZAR, suggestionado pelas palavras do velho:
- GAMALIEL, n'um clarão de esperança:
- MARIA, que tinha saído de casa e que ouviu as ultimas palavras:
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- MARIA
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- MARIA
- ELEAZAR
- MARIA
- ELEAZAR
- GAMALIEL, ao ouvido de Eleazar, aproveitando o ensejo dado por Maria, que foi sentar-se junto da fonte:
- ELEAZAR, com o intuito de afastar o negro pensamento, que a todos trez opprime no intimo:
- GAMALIEL
- ELEAZAR, abeirando-se muito a elle, supplicante:
- GAMALIEL
- ELEAZAR, saúdando-o:
- GAMALIEL, saúdando-o:
- ELEAZAR sentou-se no tronco d'arvore, pensando; e, como respondendo aos proprios pensamentos:
- MARTHA
- ELEAZAR
- MARTHA
- SIMÃO
- MARIA, em longa abstracção, junto da fonte, como se ninguem a ouvisse:
- SIMÃO, chasqueando-a, mas com meiguice:
- MARIA, com amargo sorriso:
- MARTHA encostada ao hombro do irmão, que se conserva sentado:
- SIMÃO
- ELEAZAR
- MARTHA
- ELEAZAR sorrindo contrafeito:
- MARTHA picada no seu amor proprio:
- ELEAZAR condescendente:
- MARTHA
- ELEAZAR
- MARIA em longa abstração, como se ninguem a ouvisse:
- ELEAZAR perseguido pelo olhar inquiridor de Martha:
- MARTHA afastando-se logo com muito despeito:
- SIMÃO que de parte estivera rindo dos dois:
- ELEAZAR
- SIMÃO
- ELEAZAR
- SIMÃO
- ELEAZAR ás irmãs:
- MARTHA, deixando explodir o seu despeito:
- ELEAZAR beijando-a á viva força:
- MARTHA foi á beira da estrada e segue-os com o olhar. Depois, appreensiva, com vago receio:
- MARIA em longa abstracção, como se ninguem a ouvisse:
- MARTHA que lançou para longe a tristeza, despertada pelo cantar mais proximo d'uma cotovia.
- MARIA
- MARTHA com o cotovello apoiado no joelho de Maria, o olhar limpido erguido para o olhar da irmã:
- MARIA desculpando-os:
- MARTHA
- MARIA com frieza, como a da corrente d'agua que entre os seus dedos vae deslisando:
- MARTHA
- MARIA
- MARTHA
- CLAUDIA em tom faceto de cortezã affeita ao jogo de gracejos nos triclinios de má nota da velha Roma:
- MARTHA muito a mêdo:
- CLAUDIA
- MARIA por entre dentes:
- CLAUDIA
- MARIA fitando-a resoluta, mas serena:
- CLAUDIA deixando cair as palavras uma a uma, como gôtas de chumbo derretido:
- MARIA muito vexada pela insultante benevolencia de Claudia:
- CLAUDIA victoriosa pelo effeito que o perdão causou no animo independente da patriotica filha d'Israel:
- MARTHA supplicante ao ouvido da irmã, que ia responder:
- CLAUDIA rindo, satisfeita, feliz:
- A ESCRAVA GEDA ajudando-a a accomodar-se nas almofadas da liteira:
- CLAUDIA
- O CENTURIÃO AMPÍO ao sequito:
- CLAUDIA
- MARIA
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOSUÉ, timido, covarde, circumvagando o olhar:
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM velhacamente, animando-o:
- JOSUÉ unctuosamente:
- BENJAMIM
- JOSUÉ com desinteresse hypocrita:
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM acceitando-os e juntando-os aos seus:
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOÃO resfolegando:
- MATHEUS
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA, com o braço direito sobre o hombro de Eleazar, n'uma intimidade muito amiga:
- ELEAZAR descrente, mas muito timido, querendo occultar o que lhe vae n'alma:
- SIMÃO PEDRA
- ELEAZAR, quasi a medo:
- SIMÃO PEDRA
- ELEAZAR, depois de grande hesitação:
- SIMÃO PEDRA
- ELEAZAR
- JOÃO que se erguera, rapido e violento:
- JUDAS
- JOÃO muito secco e terminante:
- ELEAZAR ao ouvido de Simão Pedra:
- SIMÃO PEDRA triste e confidencial:
- JUDAS amarga, mas serenamente, depois de ter meditado por algum tempo:
- MATHEUS conciliadôr:
- JUDAS
- MARTHA, assomando a uma das janellas, n'uma risadinha infantil:
- SIMÃO PEDRA, aproveitando a inconsciente intervenção de Martha
- MARTHA
- SIMÃO PEDRA
- MARTHA intimativamente, retirando-se da janella:
- JOÃO a Matheus e a Eleazar, continuando a conversa interrompida e n'um tom de voz inaudivel para Judas:
- SIMÃO PEDRA que se reunira aos tres, carregando o semblante:
- JOÃO em tom leviano:
- SIMÃO PEDRA, que não poude reprimir um sobresalto, tornando-se ainda mais severo:
- ELEAZAR conciliador:
- MATHEUS detendo Simão Pedra, que ia para entrar em casa do Leproso:
- JOÃO repêso, meigo, supplicante:
- SIMÃO PEDRA sorrindo, afinal, benevolo:
- JOÃO abraçando-o effusivamente:
- MATHEUS
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA detendo-o e apontando para Judas, que nada ouviu do que se passára:
- JOÃO com bonhomía:
- JUDAS olhando lealmente para elle e com um sorriso de reconciliado:
- JUDAS solta um suspiro, e erguendo o olhar, expandindo a sua alma:
- EM 8 DE NISAN
- EM 8 DE NISAN
- GAMALIEL, que chegou da cidade, arrimado ao seu bordão, as barbas brancas doiradas pelo sol, dirige-se á casa de Simão, e, clamando:
- ELEAZAR assomou logo a uma das janellas. É um rapaz de vinte e tantos annos, franzino e melancólico.
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- GAMALIEL
- ELEAZAR, estremecendo
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- GAMALIEL
- ELEAZAR, com o olhar vago:
- GAMALIEL, que enxugára á manga da tunica uma santa lagrima de enthusiasmo civico:
- ELEAZAR, suggestionado pelas palavras do velho:
- GAMALIEL, n'um clarão de esperança:
- MARIA, que tinha saído de casa e que ouviu as ultimas palavras:
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- MARIA
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- MARIA
- ELEAZAR
- MARIA
- ELEAZAR
- GAMALIEL, ao ouvido de Eleazar, aproveitando o ensejo dado por Maria, que foi sentar-se junto da fonte:
- ELEAZAR, com o intuito de afastar o negro pensamento, que a todos trez opprime no intimo:
- GAMALIEL
- ELEAZAR, abeirando-se muito a elle, supplicante:
- GAMALIEL
- ELEAZAR, saúdando-o:
- GAMALIEL, saúdando-o:
- ELEAZAR sentou-se no tronco d'arvore, pensando; e, como respondendo aos proprios pensamentos:
- MARTHA
- ELEAZAR
- MARTHA
- SIMÃO
- MARIA, em longa abstracção, junto da fonte, como se ninguem a ouvisse:
- SIMÃO, chasqueando-a, mas com meiguice:
- MARIA, com amargo sorriso:
- MARTHA encostada ao hombro do irmão, que se conserva sentado:
- SIMÃO
- ELEAZAR
- MARTHA
- ELEAZAR sorrindo contrafeito:
- MARTHA picada no seu amor proprio:
- ELEAZAR condescendente:
- MARTHA
- ELEAZAR
- MARIA em longa abstração, como se ninguem a ouvisse:
- ELEAZAR perseguido pelo olhar inquiridor de Martha:
- MARTHA afastando-se logo com muito despeito:
- SIMÃO que de parte estivera rindo dos dois:
- ELEAZAR
- SIMÃO
- ELEAZAR
- SIMÃO
- ELEAZAR ás irmãs:
- MARTHA, deixando explodir o seu despeito:
- ELEAZAR beijando-a á viva força:
- MARTHA foi á beira da estrada e segue-os com o olhar. Depois, appreensiva, com vago receio:
- MARIA em longa abstracção, como se ninguem a ouvisse:
- MARTHA que lançou para longe a tristeza, despertada pelo cantar mais proximo d'uma cotovia.
- MARIA
- MARTHA com o cotovello apoiado no joelho de Maria, o olhar limpido erguido para o olhar da irmã:
- MARIA desculpando-os:
- MARTHA
- MARIA com frieza, como a da corrente d'agua que entre os seus dedos vae deslisando:
- MARTHA
- MARIA
- MARTHA
- CLAUDIA em tom faceto de cortezã affeita ao jogo de gracejos nos triclinios de má nota da velha Roma:
- MARTHA muito a mêdo:
- CLAUDIA
- MARIA por entre dentes:
- CLAUDIA
- MARIA fitando-a resoluta, mas serena:
- CLAUDIA deixando cair as palavras uma a uma, como gôtas de chumbo derretido:
- MARIA muito vexada pela insultante benevolencia de Claudia:
- CLAUDIA victoriosa pelo effeito que o perdão causou no animo independente da patriotica filha d'Israel:
- MARTHA supplicante ao ouvido da irmã, que ia responder:
- CLAUDIA rindo, satisfeita, feliz:
- A ESCRAVA GEDA ajudando-a a accomodar-se nas almofadas da liteira:
- CLAUDIA
- O CENTURIÃO AMPÍO ao sequito:
- CLAUDIA
- MARIA
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOSUÉ, timido, covarde, circumvagando o olhar:
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM velhacamente, animando-o:
- JOSUÉ unctuosamente:
- BENJAMIM
- JOSUÉ com desinteresse hypocrita:
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM acceitando-os e juntando-os aos seus:
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOÃO resfolegando:
- MATHEUS
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA, com o braço direito sobre o hombro de Eleazar, n'uma intimidade muito amiga:
- ELEAZAR descrente, mas muito timido, querendo occultar o que lhe vae n'alma:
- SIMÃO PEDRA
- ELEAZAR, quasi a medo:
- SIMÃO PEDRA
- ELEAZAR, depois de grande hesitação:
- SIMÃO PEDRA
- ELEAZAR
- JOÃO que se erguera, rapido e violento:
- JUDAS
- JOÃO muito secco e terminante:
- ELEAZAR ao ouvido de Simão Pedra:
- SIMÃO PEDRA triste e confidencial:
- JUDAS amarga, mas serenamente, depois de ter meditado por algum tempo:
- MATHEUS conciliadôr:
- JUDAS
- MARTHA, assomando a uma das janellas, n'uma risadinha infantil:
- SIMÃO PEDRA, aproveitando a inconsciente intervenção de Martha
- MARTHA
- SIMÃO PEDRA
- MARTHA intimativamente, retirando-se da janella:
- JOÃO a Matheus e a Eleazar, continuando a conversa interrompida e n'um tom de voz inaudivel para Judas:
- SIMÃO PEDRA que se reunira aos tres, carregando o semblante:
- JOÃO em tom leviano:
- SIMÃO PEDRA, que não poude reprimir um sobresalto, tornando-se ainda mais severo:
- ELEAZAR conciliador:
- MATHEUS detendo Simão Pedra, que ia para entrar em casa do Leproso:
- JOÃO repêso, meigo, supplicante:
- SIMÃO PEDRA sorrindo, afinal, benevolo:
- JOÃO abraçando-o effusivamente:
- MATHEUS
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA detendo-o e apontando para Judas, que nada ouviu do que se passára:
- JOÃO com bonhomía:
- JUDAS olhando lealmente para elle e com um sorriso de reconciliado:
- JUDAS solta um suspiro, e erguendo o olhar, expandindo a sua alma:
- GAMALIEL, que chegou da cidade, arrimado ao seu bordão, as barbas brancas doiradas pelo sol, dirige-se á casa de Simão, e, clamando:
- ELEAZAR assomou logo a uma das janellas. É um rapaz de vinte e tantos annos, franzino e melancólico.
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- GAMALIEL
- ELEAZAR, estremecendo
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- GAMALIEL
- ELEAZAR, com o olhar vago:
- GAMALIEL, que enxugára á manga da tunica uma santa lagrima de enthusiasmo civico:
- ELEAZAR, suggestionado pelas palavras do velho:
- GAMALIEL, n'um clarão de esperança:
- MARIA, que tinha saído de casa e que ouviu as ultimas palavras:
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- MARIA
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- MARIA
- ELEAZAR
- MARIA
- ELEAZAR
- GAMALIEL, ao ouvido de Eleazar, aproveitando o ensejo dado por Maria, que foi sentar-se junto da fonte:
- ELEAZAR, com o intuito de afastar o negro pensamento, que a todos trez opprime no intimo:
- GAMALIEL
- ELEAZAR, abeirando-se muito a elle, supplicante:
- GAMALIEL
- ELEAZAR, saúdando-o:
- GAMALIEL, saúdando-o:
- ELEAZAR sentou-se no tronco d'arvore, pensando; e, como respondendo aos proprios pensamentos:
- MARTHA
- ELEAZAR
- MARTHA
- SIMÃO
- MARIA, em longa abstracção, junto da fonte, como se ninguem a ouvisse:
- SIMÃO, chasqueando-a, mas com meiguice:
- MARIA, com amargo sorriso:
- MARTHA encostada ao hombro do irmão, que se conserva sentado:
- SIMÃO
- ELEAZAR
- MARTHA
- ELEAZAR sorrindo contrafeito:
- MARTHA picada no seu amor proprio:
- ELEAZAR condescendente:
- MARTHA
- ELEAZAR
- MARIA em longa abstração, como se ninguem a ouvisse:
- ELEAZAR perseguido pelo olhar inquiridor de Martha:
- MARTHA afastando-se logo com muito despeito:
- SIMÃO que de parte estivera rindo dos dois:
- ELEAZAR
- SIMÃO
- ELEAZAR
- SIMÃO
- ELEAZAR ás irmãs:
- MARTHA, deixando explodir o seu despeito:
- ELEAZAR beijando-a á viva força:
- MARTHA foi á beira da estrada e segue-os com o olhar. Depois, appreensiva, com vago receio:
- MARIA em longa abstracção, como se ninguem a ouvisse:
- MARTHA que lançou para longe a tristeza, despertada pelo cantar mais proximo d'uma cotovia.
- MARIA
- MARTHA com o cotovello apoiado no joelho de Maria, o olhar limpido erguido para o olhar da irmã:
- MARIA desculpando-os:
- MARTHA
- MARIA com frieza, como a da corrente d'agua que entre os seus dedos vae deslisando:
- MARTHA
- MARIA
- MARTHA
- CLAUDIA em tom faceto de cortezã affeita ao jogo de gracejos nos triclinios de má nota da velha Roma:
- MARTHA muito a mêdo:
- CLAUDIA
- MARIA por entre dentes:
- CLAUDIA
- MARIA fitando-a resoluta, mas serena:
- CLAUDIA deixando cair as palavras uma a uma, como gôtas de chumbo derretido:
- MARIA muito vexada pela insultante benevolencia de Claudia:
- CLAUDIA victoriosa pelo effeito que o perdão causou no animo independente da patriotica filha d'Israel:
- MARTHA supplicante ao ouvido da irmã, que ia responder:
- CLAUDIA rindo, satisfeita, feliz:
- A ESCRAVA GEDA ajudando-a a accomodar-se nas almofadas da liteira:
- CLAUDIA
- O CENTURIÃO AMPÍO ao sequito:
- CLAUDIA
- MARIA
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOSUÉ, timido, covarde, circumvagando o olhar:
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM velhacamente, animando-o:
- JOSUÉ unctuosamente:
- BENJAMIM
- JOSUÉ com desinteresse hypocrita:
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOSUÉ
- BENJAMIM acceitando-os e juntando-os aos seus:
- JOSUÉ
- BENJAMIM
- JOÃO resfolegando:
- MATHEUS
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA, com o braço direito sobre o hombro de Eleazar, n'uma intimidade muito amiga:
- ELEAZAR descrente, mas muito timido, querendo occultar o que lhe vae n'alma:
- SIMÃO PEDRA
- ELEAZAR, quasi a medo:
- SIMÃO PEDRA
- ELEAZAR, depois de grande hesitação:
- SIMÃO PEDRA
- ELEAZAR
- JOÃO que se erguera, rapido e violento:
- JUDAS
- JOÃO muito secco e terminante:
- ELEAZAR ao ouvido de Simão Pedra:
- SIMÃO PEDRA triste e confidencial:
- JUDAS amarga, mas serenamente, depois de ter meditado por algum tempo:
- MATHEUS conciliadôr:
- JUDAS
- MARTHA, assomando a uma das janellas, n'uma risadinha infantil:
- SIMÃO PEDRA, aproveitando a inconsciente intervenção de Martha
- MARTHA
- SIMÃO PEDRA
- MARTHA intimativamente, retirando-se da janella:
- JOÃO a Matheus e a Eleazar, continuando a conversa interrompida e n'um tom de voz inaudivel para Judas:
- SIMÃO PEDRA que se reunira aos tres, carregando o semblante:
- JOÃO em tom leviano:
- SIMÃO PEDRA, que não poude reprimir um sobresalto, tornando-se ainda mais severo:
- ELEAZAR conciliador:
- MATHEUS detendo Simão Pedra, que ia para entrar em casa do Leproso:
- JOÃO repêso, meigo, supplicante:
- SIMÃO PEDRA sorrindo, afinal, benevolo:
- JOÃO abraçando-o effusivamente:
- MATHEUS
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA detendo-o e apontando para Judas, que nada ouviu do que se passára:
- JOÃO com bonhomía:
- JUDAS olhando lealmente para elle e com um sorriso de reconciliado:
- JUDAS solta um suspiro, e erguendo o olhar, expandindo a sua alma:
- SEGUNDA JORNADA
- EM 9 DE NISAN
- SEGUNDA JORNADA
- EM 9 DE NISAN
- MATHEUS
- SIMÃO PEDRA
- SIMÃO
- SIMÃO PEDRA
- SIMÃO
- MATHEUS que n'um movimento de cabeça concordára e que bebera depois d'aspirar o bom perfume:
- SIMÃO apresentando outra infusa:
- SIMÃO PEDRA
- SIMÃO
- MATHEUS
- SIMÃO
- SIMÃO PEDRA pousando o copo onde o olhar pensativo está fixando:
- MATHEUS
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO que parecia estranho a tudo, fala emfim, com o olhar cravado em Judas, que continúa lendo:
- SIMÃO quasi em segredo aos seus dois commensaes:
- SIMÃO PEDRA tristemente:
- MATHEUS
- SIMÃO
- MATHEUS
- SIMÃO
- MATHEUS
- SIMÃO
- SIMÃO PEDRA muito confidencial:
- SIMÃO
- SIMÃO PEDRA
- SIMÃO como assombrado:
- SIMÃO PEDRA
- SIMÃO
- MATHEUS
- JOÃO tinha voltado, e encostára-se a uma das camilhas, observando sempre Judas. Como não possa conter o que sente em si, aproveita o ensejo de estar a sós com elle para expandir-se. Começa, porem, em tom sereno, como procurando dominar-se:
- JUDAS
- JOÃO
- JUDAS sereno e sempre sentado:
- JOÃO
- JUDAS com affectada bonhomía:
- JOÃO
- JUDAS
- JOÃO
- JUDAS erguendo-se, vagaroso, com o rôlo nas mãos, fingindo indifferença:
- JOÃO
- JUDAS
- JOÃO
- JUDAS avançando para elle, irrompe finalmente com um rugido abafado, o olhar ameaçador:
- JOÃO cruza os braços e sereno:
- JUDAS, que em silencio estivera contorcendo as mãos nervosamente, diz-lhe emfim com muita ironía:
- JOÃO repêso, olha para elle bondosamente e com um sorriso amigo:
- JUDAS n'um brusco impulso de independencia:
- JOÃO ficou meditando, e depois generosamente, como falando á sua propria consciencia:
- ELEAZAR indicando João aos companheiros:
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO cercado pelos amigos e já esquecido do que se passou, todo o seu pensamento entregue ao Mestre:
- MATHEUS
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO, animando-se, cheio de puro enthusiasmo messianico:
- GAMALIEL que pouco antes chegára da cidade, ouviu todo o falar de João. Traz o rosto abatido, o olhar cavo; dir-se-ía portador de uma nova terrivel.
- TODOS em sobresalto:
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA
- MATHEUS
- JOÃO
- GAMALIEL pausada e custosamente:
- SIMÃO PEDRA, erguendo as mãos aos ceus:
- MATHEUS, convulsamente:
- JOÃO, n'um grito:
- ELEAZAR agarrando Gamaliel por um pulso:
- GAMALIEL
- JOÃO
- ELEAZAR
- GAMALIEL
- JOÃO
- GAMALIEL, procurando serenar os animos; as lagrimas borbulhando nos olhos e cahindo-lhe pelas barbas brancas:
- SIMÃO PEDRA tambem resoluto:
- JOÃO
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- MATHEUS
- SIMÃO
- JOÃO
- MARTHA
- MARIA, indolente:
- MARTHA
- MARIA
- MARTHA
- MARIA
- MARTHA
- MARIA
- MARTHA, abeirando-se da irmã, muito meiga:
- MARIA
- JUDAS
- MARTHA muito admirada:
- JUDAS indolente, recostando-se n'uma das camilhas do triclinio:
- MARIA
- JUDAS
- MARIA, sem o fitar, serena:
- JUDAS cerrando as palpebras:
- MARTHA com muita convicção:
- JUDAS abriu os olhos, fitou-a, e depois, fechando-os de novo:
- MARTHA surpreza:
- JUDAS
- MARTHA abeirando-se d'elle, e pondo-lhe a mão no hombro, diz com uncção, melodiosamente:
- MARIA, querendo esquivar-se:
- MARTHA
- MARIA conserva-se indecisa por algum tempo; mas depois, como respondendo a si propria:
- JUDAS erguendo o corpo sobre o cotovello:
- MARIA baixando o olhar:
- JUDAS ergue-se de chofre e avança como para seguil-a; mas detem-se, perplexo. Depois, desalentado, senta-se n'um dos degraus da porta por onde Maria saíu, a cabeça entre as mãos, os cotovellos fincados nos joelhos. Ao cabo de longo meditar, solta brandamente a sua voz:
- BENJAMIM com muita humildade:
- JUDAS voltando-se, rapido, e agarrando-o brutalmente pela nuca:
- BENJAMIM avergado, mas sempre humilde:
- JUDAS sem o largar:
- BENJAMIM amigavelmente, em censura carinhosa:
- JUDAS largando-lhe a nuca, mas agarrando-lhe logo um braço:
- BENJAMIM sinceramente:
- JUDAS como comsigo, satisfeito:
- BENJAMIM
- JUDAS, rapido:
- BENJAMIM explicando:
- JUDAS ficou hesitante, tendo largado Benjamim, que foi trocar signaes com Josué.
- BENJAMIM agora senhor de si:
- JUDAS nervosamente:
- BENJAMIM imperioso, rapido, monotono, quasi ao ouvido de Judas, que parece devorar-lhe as palavras:
- JUDAS
- BENJAMIM
- JUDAS animado, satisfeito:
- BENJAMIM
- JUDAS hesitando, vagamente acobardado:
- BENJAMIM
- JUDAS
- BENJAMIM
- JUDAS ficou perplexo ainda, como medindo a gravidade da proposta. Mas depois:
- MARIA que no limiar da porta ficára tambem indecisa:
- JUDAS
- MARIA condescendente:
- JUDAS caricioso:
- JUDAS
- MARIA com simplicidade, avançando um pouco:
- JUDAS tôrvamente:
- MARIA que não se moveu, serenamente:
- JUDAS n'um rugido:
- MARIA sempre immovel:
- JUDAS com as mãos encrespadas, os labios trementes:
- MARIA sem se perturbar:
- JUDAS caíndo em si, fica por momentos silencioso. Depois, com o rosto dolorido, n'um queixume:
- MARIA com ligeiro movimento de cabeça:
- JUDAS promptamente transformado, n'um arranco furioso:
- MARIA com a voz tranquilla:
- JUDAS interrompendo-a com uma risada feroz:
- MARIA
- JUDAS allucinado, avançando para ella:
- MARIA levando instinctivamente as mãos aos seios:
- JUDAS com os olhos chammejantes, as mãos trémulas, os passos rigidos, agarrando-a:
- MARIA evitando-lhe os beijos:
- JUDAS arrastando-a para o triclinio:
- MARIA com a voz estrangulada, luctando:
- JUDAS pondo-lhe a mão na bôca:
- MARIA já sem forças:
- JUDAS achegando-a ao peito, lúbrico, antegosando a posse:
- MATHEUS
- SIMÃO PEDRA
- SIMÃO
- SIMÃO PEDRA
- SIMÃO
- MATHEUS que n'um movimento de cabeça concordára e que bebera depois d'aspirar o bom perfume:
- SIMÃO apresentando outra infusa:
- SIMÃO PEDRA
- SIMÃO
- MATHEUS
- SIMÃO
- SIMÃO PEDRA pousando o copo onde o olhar pensativo está fixando:
- MATHEUS
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO que parecia estranho a tudo, fala emfim, com o olhar cravado em Judas, que continúa lendo:
- SIMÃO quasi em segredo aos seus dois commensaes:
- SIMÃO PEDRA tristemente:
- MATHEUS
- SIMÃO
- MATHEUS
- SIMÃO
- MATHEUS
- SIMÃO
- SIMÃO PEDRA muito confidencial:
- SIMÃO
- SIMÃO PEDRA
- SIMÃO como assombrado:
- SIMÃO PEDRA
- SIMÃO
- MATHEUS
- JOÃO tinha voltado, e encostára-se a uma das camilhas, observando sempre Judas. Como não possa conter o que sente em si, aproveita o ensejo de estar a sós com elle para expandir-se. Começa, porem, em tom sereno, como procurando dominar-se:
- JUDAS
- JOÃO
- JUDAS sereno e sempre sentado:
- JOÃO
- JUDAS com affectada bonhomía:
- JOÃO
- JUDAS
- JOÃO
- JUDAS erguendo-se, vagaroso, com o rôlo nas mãos, fingindo indifferença:
- JOÃO
- JUDAS
- JOÃO
- JUDAS avançando para elle, irrompe finalmente com um rugido abafado, o olhar ameaçador:
- JOÃO cruza os braços e sereno:
- JUDAS, que em silencio estivera contorcendo as mãos nervosamente, diz-lhe emfim com muita ironía:
- JOÃO repêso, olha para elle bondosamente e com um sorriso amigo:
- JUDAS n'um brusco impulso de independencia:
- JOÃO ficou meditando, e depois generosamente, como falando á sua propria consciencia:
- ELEAZAR indicando João aos companheiros:
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO cercado pelos amigos e já esquecido do que se passou, todo o seu pensamento entregue ao Mestre:
- MATHEUS
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO, animando-se, cheio de puro enthusiasmo messianico:
- GAMALIEL que pouco antes chegára da cidade, ouviu todo o falar de João. Traz o rosto abatido, o olhar cavo; dir-se-ía portador de uma nova terrivel.
- TODOS em sobresalto:
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA
- MATHEUS
- JOÃO
- GAMALIEL pausada e custosamente:
- SIMÃO PEDRA, erguendo as mãos aos ceus:
- MATHEUS, convulsamente:
- JOÃO, n'um grito:
- ELEAZAR agarrando Gamaliel por um pulso:
- GAMALIEL
- JOÃO
- ELEAZAR
- GAMALIEL
- JOÃO
- GAMALIEL, procurando serenar os animos; as lagrimas borbulhando nos olhos e cahindo-lhe pelas barbas brancas:
- SIMÃO PEDRA tambem resoluto:
- JOÃO
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- MATHEUS
- SIMÃO
- JOÃO
- MARTHA
- MARIA, indolente:
- MARTHA
- MARIA
- MARTHA
- MARIA
- MARTHA
- MARIA
- MARTHA, abeirando-se da irmã, muito meiga:
- MARIA
- JUDAS
- MARTHA muito admirada:
- JUDAS indolente, recostando-se n'uma das camilhas do triclinio:
- MARIA
- JUDAS
- MARIA, sem o fitar, serena:
- JUDAS cerrando as palpebras:
- MARTHA com muita convicção:
- JUDAS abriu os olhos, fitou-a, e depois, fechando-os de novo:
- MARTHA surpreza:
- JUDAS
- MARTHA abeirando-se d'elle, e pondo-lhe a mão no hombro, diz com uncção, melodiosamente:
- MARIA, querendo esquivar-se:
- MARTHA
- MARIA conserva-se indecisa por algum tempo; mas depois, como respondendo a si propria:
- JUDAS erguendo o corpo sobre o cotovello:
- MARIA baixando o olhar:
- JUDAS ergue-se de chofre e avança como para seguil-a; mas detem-se, perplexo. Depois, desalentado, senta-se n'um dos degraus da porta por onde Maria saíu, a cabeça entre as mãos, os cotovellos fincados nos joelhos. Ao cabo de longo meditar, solta brandamente a sua voz:
- BENJAMIM com muita humildade:
- JUDAS voltando-se, rapido, e agarrando-o brutalmente pela nuca:
- BENJAMIM avergado, mas sempre humilde:
- JUDAS sem o largar:
- BENJAMIM amigavelmente, em censura carinhosa:
- JUDAS largando-lhe a nuca, mas agarrando-lhe logo um braço:
- BENJAMIM sinceramente:
- JUDAS como comsigo, satisfeito:
- BENJAMIM
- JUDAS, rapido:
- BENJAMIM explicando:
- JUDAS ficou hesitante, tendo largado Benjamim, que foi trocar signaes com Josué.
- BENJAMIM agora senhor de si:
- JUDAS nervosamente:
- BENJAMIM imperioso, rapido, monotono, quasi ao ouvido de Judas, que parece devorar-lhe as palavras:
- JUDAS
- BENJAMIM
- JUDAS animado, satisfeito:
- BENJAMIM
- JUDAS hesitando, vagamente acobardado:
- BENJAMIM
- JUDAS
- BENJAMIM
- JUDAS ficou perplexo ainda, como medindo a gravidade da proposta. Mas depois:
- MARIA que no limiar da porta ficára tambem indecisa:
- JUDAS
- MARIA condescendente:
- JUDAS caricioso:
- JUDAS
- MARIA com simplicidade, avançando um pouco:
- JUDAS tôrvamente:
- MARIA que não se moveu, serenamente:
- JUDAS n'um rugido:
- MARIA sempre immovel:
- JUDAS com as mãos encrespadas, os labios trementes:
- MARIA sem se perturbar:
- JUDAS caíndo em si, fica por momentos silencioso. Depois, com o rosto dolorido, n'um queixume:
- MARIA com ligeiro movimento de cabeça:
- JUDAS promptamente transformado, n'um arranco furioso:
- MARIA com a voz tranquilla:
- JUDAS interrompendo-a com uma risada feroz:
- MARIA
- JUDAS allucinado, avançando para ella:
- MARIA levando instinctivamente as mãos aos seios:
- JUDAS com os olhos chammejantes, as mãos trémulas, os passos rigidos, agarrando-a:
- MARIA evitando-lhe os beijos:
- JUDAS arrastando-a para o triclinio:
- MARIA com a voz estrangulada, luctando:
- JUDAS pondo-lhe a mão na bôca:
- MARIA já sem forças:
- JUDAS achegando-a ao peito, lúbrico, antegosando a posse:
- EM 9 DE NISAN
- EM 9 DE NISAN
- MATHEUS
- SIMÃO PEDRA
- SIMÃO
- SIMÃO PEDRA
- SIMÃO
- MATHEUS que n'um movimento de cabeça concordára e que bebera depois d'aspirar o bom perfume:
- SIMÃO apresentando outra infusa:
- SIMÃO PEDRA
- SIMÃO
- MATHEUS
- SIMÃO
- SIMÃO PEDRA pousando o copo onde o olhar pensativo está fixando:
- MATHEUS
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO que parecia estranho a tudo, fala emfim, com o olhar cravado em Judas, que continúa lendo:
- SIMÃO quasi em segredo aos seus dois commensaes:
- SIMÃO PEDRA tristemente:
- MATHEUS
- SIMÃO
- MATHEUS
- SIMÃO
- MATHEUS
- SIMÃO
- SIMÃO PEDRA muito confidencial:
- SIMÃO
- SIMÃO PEDRA
- SIMÃO como assombrado:
- SIMÃO PEDRA
- SIMÃO
- MATHEUS
- JOÃO tinha voltado, e encostára-se a uma das camilhas, observando sempre Judas. Como não possa conter o que sente em si, aproveita o ensejo de estar a sós com elle para expandir-se. Começa, porem, em tom sereno, como procurando dominar-se:
- JUDAS
- JOÃO
- JUDAS sereno e sempre sentado:
- JOÃO
- JUDAS com affectada bonhomía:
- JOÃO
- JUDAS
- JOÃO
- JUDAS erguendo-se, vagaroso, com o rôlo nas mãos, fingindo indifferença:
- JOÃO
- JUDAS
- JOÃO
- JUDAS avançando para elle, irrompe finalmente com um rugido abafado, o olhar ameaçador:
- JOÃO cruza os braços e sereno:
- JUDAS, que em silencio estivera contorcendo as mãos nervosamente, diz-lhe emfim com muita ironía:
- JOÃO repêso, olha para elle bondosamente e com um sorriso amigo:
- JUDAS n'um brusco impulso de independencia:
- JOÃO ficou meditando, e depois generosamente, como falando á sua propria consciencia:
- ELEAZAR indicando João aos companheiros:
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO cercado pelos amigos e já esquecido do que se passou, todo o seu pensamento entregue ao Mestre:
- MATHEUS
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO, animando-se, cheio de puro enthusiasmo messianico:
- GAMALIEL que pouco antes chegára da cidade, ouviu todo o falar de João. Traz o rosto abatido, o olhar cavo; dir-se-ía portador de uma nova terrivel.
- TODOS em sobresalto:
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA
- MATHEUS
- JOÃO
- GAMALIEL pausada e custosamente:
- SIMÃO PEDRA, erguendo as mãos aos ceus:
- MATHEUS, convulsamente:
- JOÃO, n'um grito:
- ELEAZAR agarrando Gamaliel por um pulso:
- GAMALIEL
- JOÃO
- ELEAZAR
- GAMALIEL
- JOÃO
- GAMALIEL, procurando serenar os animos; as lagrimas borbulhando nos olhos e cahindo-lhe pelas barbas brancas:
- SIMÃO PEDRA tambem resoluto:
- JOÃO
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- MATHEUS
- SIMÃO
- JOÃO
- MARTHA
- MARIA, indolente:
- MARTHA
- MARIA
- MARTHA
- MARIA
- MARTHA
- MARIA
- MARTHA, abeirando-se da irmã, muito meiga:
- MARIA
- JUDAS
- MARTHA muito admirada:
- JUDAS indolente, recostando-se n'uma das camilhas do triclinio:
- MARIA
- JUDAS
- MARIA, sem o fitar, serena:
- JUDAS cerrando as palpebras:
- MARTHA com muita convicção:
- JUDAS abriu os olhos, fitou-a, e depois, fechando-os de novo:
- MARTHA surpreza:
- JUDAS
- MARTHA abeirando-se d'elle, e pondo-lhe a mão no hombro, diz com uncção, melodiosamente:
- MARIA, querendo esquivar-se:
- MARTHA
- MARIA conserva-se indecisa por algum tempo; mas depois, como respondendo a si propria:
- JUDAS erguendo o corpo sobre o cotovello:
- MARIA baixando o olhar:
- JUDAS ergue-se de chofre e avança como para seguil-a; mas detem-se, perplexo. Depois, desalentado, senta-se n'um dos degraus da porta por onde Maria saíu, a cabeça entre as mãos, os cotovellos fincados nos joelhos. Ao cabo de longo meditar, solta brandamente a sua voz:
- BENJAMIM com muita humildade:
- JUDAS voltando-se, rapido, e agarrando-o brutalmente pela nuca:
- BENJAMIM avergado, mas sempre humilde:
- JUDAS sem o largar:
- BENJAMIM amigavelmente, em censura carinhosa:
- JUDAS largando-lhe a nuca, mas agarrando-lhe logo um braço:
- BENJAMIM sinceramente:
- JUDAS como comsigo, satisfeito:
- BENJAMIM
- JUDAS, rapido:
- BENJAMIM explicando:
- JUDAS ficou hesitante, tendo largado Benjamim, que foi trocar signaes com Josué.
- BENJAMIM agora senhor de si:
- JUDAS nervosamente:
- BENJAMIM imperioso, rapido, monotono, quasi ao ouvido de Judas, que parece devorar-lhe as palavras:
- JUDAS
- BENJAMIM
- JUDAS animado, satisfeito:
- BENJAMIM
- JUDAS hesitando, vagamente acobardado:
- BENJAMIM
- JUDAS
- BENJAMIM
- JUDAS ficou perplexo ainda, como medindo a gravidade da proposta. Mas depois:
- MARIA que no limiar da porta ficára tambem indecisa:
- JUDAS
- MARIA condescendente:
- JUDAS caricioso:
- JUDAS
- MARIA com simplicidade, avançando um pouco:
- JUDAS tôrvamente:
- MARIA que não se moveu, serenamente:
- JUDAS n'um rugido:
- MARIA sempre immovel:
- JUDAS com as mãos encrespadas, os labios trementes:
- MARIA sem se perturbar:
- JUDAS caíndo em si, fica por momentos silencioso. Depois, com o rosto dolorido, n'um queixume:
- MARIA com ligeiro movimento de cabeça:
- JUDAS promptamente transformado, n'um arranco furioso:
- MARIA com a voz tranquilla:
- JUDAS interrompendo-a com uma risada feroz:
- MARIA
- JUDAS allucinado, avançando para ella:
- MARIA levando instinctivamente as mãos aos seios:
- JUDAS com os olhos chammejantes, as mãos trémulas, os passos rigidos, agarrando-a:
- MARIA evitando-lhe os beijos:
- JUDAS arrastando-a para o triclinio:
- MARIA com a voz estrangulada, luctando:
- JUDAS pondo-lhe a mão na bôca:
- MARIA já sem forças:
- JUDAS achegando-a ao peito, lúbrico, antegosando a posse:
- MATHEUS
- SIMÃO PEDRA
- SIMÃO
- SIMÃO PEDRA
- SIMÃO
- MATHEUS que n'um movimento de cabeça concordára e que bebera depois d'aspirar o bom perfume:
- SIMÃO apresentando outra infusa:
- SIMÃO PEDRA
- SIMÃO
- MATHEUS
- SIMÃO
- SIMÃO PEDRA pousando o copo onde o olhar pensativo está fixando:
- MATHEUS
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO que parecia estranho a tudo, fala emfim, com o olhar cravado em Judas, que continúa lendo:
- SIMÃO quasi em segredo aos seus dois commensaes:
- SIMÃO PEDRA tristemente:
- MATHEUS
- SIMÃO
- MATHEUS
- SIMÃO
- MATHEUS
- SIMÃO
- SIMÃO PEDRA muito confidencial:
- SIMÃO
- SIMÃO PEDRA
- SIMÃO como assombrado:
- SIMÃO PEDRA
- SIMÃO
- MATHEUS
- JOÃO tinha voltado, e encostára-se a uma das camilhas, observando sempre Judas. Como não possa conter o que sente em si, aproveita o ensejo de estar a sós com elle para expandir-se. Começa, porem, em tom sereno, como procurando dominar-se:
- JUDAS
- JOÃO
- JUDAS sereno e sempre sentado:
- JOÃO
- JUDAS com affectada bonhomía:
- JOÃO
- JUDAS
- JOÃO
- JUDAS erguendo-se, vagaroso, com o rôlo nas mãos, fingindo indifferença:
- JOÃO
- JUDAS
- JOÃO
- JUDAS avançando para elle, irrompe finalmente com um rugido abafado, o olhar ameaçador:
- JOÃO cruza os braços e sereno:
- JUDAS, que em silencio estivera contorcendo as mãos nervosamente, diz-lhe emfim com muita ironía:
- JOÃO repêso, olha para elle bondosamente e com um sorriso amigo:
- JUDAS n'um brusco impulso de independencia:
- JOÃO ficou meditando, e depois generosamente, como falando á sua propria consciencia:
- ELEAZAR indicando João aos companheiros:
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO cercado pelos amigos e já esquecido do que se passou, todo o seu pensamento entregue ao Mestre:
- MATHEUS
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO, animando-se, cheio de puro enthusiasmo messianico:
- GAMALIEL que pouco antes chegára da cidade, ouviu todo o falar de João. Traz o rosto abatido, o olhar cavo; dir-se-ía portador de uma nova terrivel.
- TODOS em sobresalto:
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA
- MATHEUS
- JOÃO
- GAMALIEL pausada e custosamente:
- SIMÃO PEDRA, erguendo as mãos aos ceus:
- MATHEUS, convulsamente:
- JOÃO, n'um grito:
- ELEAZAR agarrando Gamaliel por um pulso:
- GAMALIEL
- JOÃO
- ELEAZAR
- GAMALIEL
- JOÃO
- GAMALIEL, procurando serenar os animos; as lagrimas borbulhando nos olhos e cahindo-lhe pelas barbas brancas:
- SIMÃO PEDRA tambem resoluto:
- JOÃO
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- MATHEUS
- SIMÃO
- JOÃO
- MARTHA
- MARIA, indolente:
- MARTHA
- MARIA
- MARTHA
- MARIA
- MARTHA
- MARIA
- MARTHA, abeirando-se da irmã, muito meiga:
- MARIA
- JUDAS
- MARTHA muito admirada:
- JUDAS indolente, recostando-se n'uma das camilhas do triclinio:
- MARIA
- JUDAS
- MARIA, sem o fitar, serena:
- JUDAS cerrando as palpebras:
- MARTHA com muita convicção:
- JUDAS abriu os olhos, fitou-a, e depois, fechando-os de novo:
- MARTHA surpreza:
- JUDAS
- MARTHA abeirando-se d'elle, e pondo-lhe a mão no hombro, diz com uncção, melodiosamente:
- MARIA, querendo esquivar-se:
- MARTHA
- MARIA conserva-se indecisa por algum tempo; mas depois, como respondendo a si propria:
- JUDAS erguendo o corpo sobre o cotovello:
- MARIA baixando o olhar:
- JUDAS ergue-se de chofre e avança como para seguil-a; mas detem-se, perplexo. Depois, desalentado, senta-se n'um dos degraus da porta por onde Maria saíu, a cabeça entre as mãos, os cotovellos fincados nos joelhos. Ao cabo de longo meditar, solta brandamente a sua voz:
- BENJAMIM com muita humildade:
- JUDAS voltando-se, rapido, e agarrando-o brutalmente pela nuca:
- BENJAMIM avergado, mas sempre humilde:
- JUDAS sem o largar:
- BENJAMIM amigavelmente, em censura carinhosa:
- JUDAS largando-lhe a nuca, mas agarrando-lhe logo um braço:
- BENJAMIM sinceramente:
- JUDAS como comsigo, satisfeito:
- BENJAMIM
- JUDAS, rapido:
- BENJAMIM explicando:
- JUDAS ficou hesitante, tendo largado Benjamim, que foi trocar signaes com Josué.
- BENJAMIM agora senhor de si:
- JUDAS nervosamente:
- BENJAMIM imperioso, rapido, monotono, quasi ao ouvido de Judas, que parece devorar-lhe as palavras:
- JUDAS
- BENJAMIM
- JUDAS animado, satisfeito:
- BENJAMIM
- JUDAS hesitando, vagamente acobardado:
- BENJAMIM
- JUDAS
- BENJAMIM
- JUDAS ficou perplexo ainda, como medindo a gravidade da proposta. Mas depois:
- MARIA que no limiar da porta ficára tambem indecisa:
- JUDAS
- MARIA condescendente:
- JUDAS caricioso:
- JUDAS
- MARIA com simplicidade, avançando um pouco:
- JUDAS tôrvamente:
- MARIA que não se moveu, serenamente:
- JUDAS n'um rugido:
- MARIA sempre immovel:
- JUDAS com as mãos encrespadas, os labios trementes:
- MARIA sem se perturbar:
- JUDAS caíndo em si, fica por momentos silencioso. Depois, com o rosto dolorido, n'um queixume:
- MARIA com ligeiro movimento de cabeça:
- JUDAS promptamente transformado, n'um arranco furioso:
- MARIA com a voz tranquilla:
- JUDAS interrompendo-a com uma risada feroz:
- MARIA
- JUDAS allucinado, avançando para ella:
- MARIA levando instinctivamente as mãos aos seios:
- JUDAS com os olhos chammejantes, as mãos trémulas, os passos rigidos, agarrando-a:
- MARIA evitando-lhe os beijos:
- JUDAS arrastando-a para o triclinio:
- MARIA com a voz estrangulada, luctando:
- JUDAS pondo-lhe a mão na bôca:
- MARIA já sem forças:
- JUDAS achegando-a ao peito, lúbrico, antegosando a posse:
- TERCEIRA JORNADA
- EM 13 DE NISAN
- TERCEIRA JORNADA
- EM 13 DE NISAN
- CLAUDIA solta emfim um suspiro.
- GEDA
- CLAUDIA
- GEDA vae ligeira ao candalabro; d'elle tira uma vella e dirige-se á clépsydra. Repõe depois no seu logar a vella, e voltando para junto de Claudia:
- CLAUDIA
- GEDA
- CLAUDIA boceja largamente.
- CLAUDIA indolente, para Geda:
- PONCIO sem se voltar, continuando a lêr:
- CLAUDIA em sobresalto infantil:
- PONCIO
- CLAUDIA que em silencio ficára appreensiva:
- PONCIO sem se mover:
- CLAUDIA apoiando-se nas costas da cadeira por detraz d'elle:
- PONCIO
- CLAUDIA não podendo conter a intima revolta:
- PONCIO enrugando a testa e sem olhar para Claudia:
- CLAUDIA
- PONCIO que se voltára, encarando n'ella, e em tom suasorio:
- CLAUDIA n'uma espansão de franqueza em que o desdem transparece:
- PONCIO resoluto, imperioso, deixando caír na meza a mão espalmada:
- CLAUDIA decorridos alguns instantes, refreando a cólera:
- PONCIO indifferente:
- CLAUDIA
- PONCIO
- CLAUDIA
- PONCIO
- CLAUDIA muito a sério:
- PONCIO bamboleando a perna e sem mudar de expressão:
- CLAUDIA
- PONCIO franzindo lévemente o sobr'olho:
- CLAUDIA sorrindo, palaciana e misteriosa:
- O OSTIARIO
- PONCIO erguendo-se:
- O OSTIARIO
- PONCIO surprezo, como comsigo:
- O OSTIARIO
- PONCIO depois de reflectir:
- HANAN que se adiantou até á presença de Poncio, curvando-se perante elle:
- PONCIO que nem para elle olhou, desdenhoso:
- HANAN fingindo não ter percebido:
- PONCIO ironico:
- HANAN
- PONCIO voltou-se um pouco, lançou um rapido olhar a Judas, e depois, encostando o braço á meza e com a cabeça reclinada na mão:
- HANAN muito submisso de começo:
- PONCIO, serenamente, mas deixando accentuado o seu desdem, aquelle desdem dos romanos pelos povos vencidos:
- HANAN offendido, elevando a voz:
- PONCIO olhando para elle de fito, severamente:
- HANAN matreiro:
- PONCIO sem desviar d'elle o olhar:
- HANAN muito submisso:
- PONCIO cortando a harenga, novamente em tom sarcastico:
- HANAN refreando a cólera:
- PONCIO
- HANAN com ironia e falsa humildade:
- PONCIO fitando-o enfurecido, dá um murro na meza; e erguendo-se:
- HANAN depois de algum silencio, tentando convencel-o á bôa paz:
- PONCIO tranquillo, sorrindo:
- HANAN recuando, como se ouvisse uma heresia:
- PONCIO com bonhomia, exagerando muito o valor das palavras:
- HANAN ao ouvido de Judas:
- JUDAS reservadamente:
- HANAN
- JUDAS
- HANAN muito supplicante a Poncio:
- PONCIO olhou novamente para Judas, e com enfadada condescendencia:
- JUDAS avança até á presença de Poncio. Saúdou-o, e muito senhor de si, firme, resoluto, assim começa:
- PONCIO estremeceu, carregou o semblante:
- JUDAS com sinceridade hypocrita:
- PONCIO ergue-se de chofre, com o olhar incendido, trémulo, os braços alevantados. E o seu vulto branco, destacando-se no fundo escuro da vasta quadra, dir-se-ía o d'um espectro de destruição.
- HANAN detendo-o, supplicante, receioso:
- PONCIO sem querer ouvil-o:
- HANAN n'um protesto:
- JUDAS
- HANAN matreiramente:
- JUDAS
- PONCIO que os ouviu taciturno, balbucia, como falando a si proprio:
- HANAN
- PONCIO
- HANAN radiante de alegria, ao ouvido de Judas:
- JUDAS soturno:
- HANAN
- JUDAS indifferente:
- O OSTIARIO que appareceu no terraço:
- PONCIO
- O OSTIARIO
- PONCIO
- HANAN que se curvára muito á passagem de Poncio, murmúra:
- JUDAS tambem n'um murmurio, quasi inaudivel:
- GEDA affasta o coxim, trazendo-o para o interior da quadra e faz correr parte do reposteiro que pende do arco.
- A MULHER adiantando-se como procurando alguem:
- GEDA admirada e insolente:
- A MULHER
- GEDA
- A MULHER
- GEDA
- A MULHER
- GEDA
- A MULHER assumindo attitude imperiosa:
- GEDA dominada pelo tom de voz da desconhecida, colloca o candalabro na meza.
- MARIA com os olhos erguidos ao ceu, os labios balbuciantes, como n'uma préce:
- CLAUDIA apparece muito descuidosa, e, ao vel-a, não reprime o seu assombro.
- MARIA baixou a fronte; e a meia voz:
- CLAUDIA
- MARIA
- CLAUDIA encostando-se á meza, e esmagando Maria com a imponencia da sua figura:
- MARIA com meiguice:
- CLAUDIA com uma risada:
- MARIA docemente:
- CLAUDIA zombeteira, petulante:
- MARIA animando-se pouco a pouco:
- CLAUDIA depois de nova risada:
- MARIA
- CLAUDIA revolvendo na ferida o punhal da ironia:
- MARIA erguendo-se, n'um movimento de indignação:
- CLAUDIA adormecida, vagamente:
- MARIA continuando alheiada a tudo:
- CLAUDIA adormecida, vagamente:
- MARIA ergue-se vagarosamente; e, resignada:
- CLAUDIA solta emfim um suspiro.
- GEDA
- CLAUDIA
- GEDA vae ligeira ao candalabro; d'elle tira uma vella e dirige-se á clépsydra. Repõe depois no seu logar a vella, e voltando para junto de Claudia:
- CLAUDIA
- GEDA
- CLAUDIA boceja largamente.
- CLAUDIA indolente, para Geda:
- PONCIO sem se voltar, continuando a lêr:
- CLAUDIA em sobresalto infantil:
- PONCIO
- CLAUDIA que em silencio ficára appreensiva:
- PONCIO sem se mover:
- CLAUDIA apoiando-se nas costas da cadeira por detraz d'elle:
- PONCIO
- CLAUDIA não podendo conter a intima revolta:
- PONCIO enrugando a testa e sem olhar para Claudia:
- CLAUDIA
- PONCIO que se voltára, encarando n'ella, e em tom suasorio:
- CLAUDIA n'uma espansão de franqueza em que o desdem transparece:
- PONCIO resoluto, imperioso, deixando caír na meza a mão espalmada:
- CLAUDIA decorridos alguns instantes, refreando a cólera:
- PONCIO indifferente:
- CLAUDIA
- PONCIO
- CLAUDIA
- PONCIO
- CLAUDIA muito a sério:
- PONCIO bamboleando a perna e sem mudar de expressão:
- CLAUDIA
- PONCIO franzindo lévemente o sobr'olho:
- CLAUDIA sorrindo, palaciana e misteriosa:
- O OSTIARIO
- PONCIO erguendo-se:
- O OSTIARIO
- PONCIO surprezo, como comsigo:
- O OSTIARIO
- PONCIO depois de reflectir:
- HANAN que se adiantou até á presença de Poncio, curvando-se perante elle:
- PONCIO que nem para elle olhou, desdenhoso:
- HANAN fingindo não ter percebido:
- PONCIO ironico:
- HANAN
- PONCIO voltou-se um pouco, lançou um rapido olhar a Judas, e depois, encostando o braço á meza e com a cabeça reclinada na mão:
- HANAN muito submisso de começo:
- PONCIO, serenamente, mas deixando accentuado o seu desdem, aquelle desdem dos romanos pelos povos vencidos:
- HANAN offendido, elevando a voz:
- PONCIO olhando para elle de fito, severamente:
- HANAN matreiro:
- PONCIO sem desviar d'elle o olhar:
- HANAN muito submisso:
- PONCIO cortando a harenga, novamente em tom sarcastico:
- HANAN refreando a cólera:
- PONCIO
- HANAN com ironia e falsa humildade:
- PONCIO fitando-o enfurecido, dá um murro na meza; e erguendo-se:
- HANAN depois de algum silencio, tentando convencel-o á bôa paz:
- PONCIO tranquillo, sorrindo:
- HANAN recuando, como se ouvisse uma heresia:
- PONCIO com bonhomia, exagerando muito o valor das palavras:
- HANAN ao ouvido de Judas:
- JUDAS reservadamente:
- HANAN
- JUDAS
- HANAN muito supplicante a Poncio:
- PONCIO olhou novamente para Judas, e com enfadada condescendencia:
- JUDAS avança até á presença de Poncio. Saúdou-o, e muito senhor de si, firme, resoluto, assim começa:
- PONCIO estremeceu, carregou o semblante:
- JUDAS com sinceridade hypocrita:
- PONCIO ergue-se de chofre, com o olhar incendido, trémulo, os braços alevantados. E o seu vulto branco, destacando-se no fundo escuro da vasta quadra, dir-se-ía o d'um espectro de destruição.
- HANAN detendo-o, supplicante, receioso:
- PONCIO sem querer ouvil-o:
- HANAN n'um protesto:
- JUDAS
- HANAN matreiramente:
- JUDAS
- PONCIO que os ouviu taciturno, balbucia, como falando a si proprio:
- HANAN
- PONCIO
- HANAN radiante de alegria, ao ouvido de Judas:
- JUDAS soturno:
- HANAN
- JUDAS indifferente:
- O OSTIARIO que appareceu no terraço:
- PONCIO
- O OSTIARIO
- PONCIO
- HANAN que se curvára muito á passagem de Poncio, murmúra:
- JUDAS tambem n'um murmurio, quasi inaudivel:
- GEDA affasta o coxim, trazendo-o para o interior da quadra e faz correr parte do reposteiro que pende do arco.
- A MULHER adiantando-se como procurando alguem:
- GEDA admirada e insolente:
- A MULHER
- GEDA
- A MULHER
- GEDA
- A MULHER
- GEDA
- A MULHER assumindo attitude imperiosa:
- GEDA dominada pelo tom de voz da desconhecida, colloca o candalabro na meza.
- MARIA com os olhos erguidos ao ceu, os labios balbuciantes, como n'uma préce:
- CLAUDIA apparece muito descuidosa, e, ao vel-a, não reprime o seu assombro.
- MARIA baixou a fronte; e a meia voz:
- CLAUDIA
- MARIA
- CLAUDIA encostando-se á meza, e esmagando Maria com a imponencia da sua figura:
- MARIA com meiguice:
- CLAUDIA com uma risada:
- MARIA docemente:
- CLAUDIA zombeteira, petulante:
- MARIA animando-se pouco a pouco:
- CLAUDIA depois de nova risada:
- MARIA
- CLAUDIA revolvendo na ferida o punhal da ironia:
- MARIA erguendo-se, n'um movimento de indignação:
- CLAUDIA adormecida, vagamente:
- MARIA continuando alheiada a tudo:
- CLAUDIA adormecida, vagamente:
- MARIA ergue-se vagarosamente; e, resignada:
- EM 13 DE NISAN
- EM 13 DE NISAN
- CLAUDIA solta emfim um suspiro.
- GEDA
- CLAUDIA
- GEDA vae ligeira ao candalabro; d'elle tira uma vella e dirige-se á clépsydra. Repõe depois no seu logar a vella, e voltando para junto de Claudia:
- CLAUDIA
- GEDA
- CLAUDIA boceja largamente.
- CLAUDIA indolente, para Geda:
- PONCIO sem se voltar, continuando a lêr:
- CLAUDIA em sobresalto infantil:
- PONCIO
- CLAUDIA que em silencio ficára appreensiva:
- PONCIO sem se mover:
- CLAUDIA apoiando-se nas costas da cadeira por detraz d'elle:
- PONCIO
- CLAUDIA não podendo conter a intima revolta:
- PONCIO enrugando a testa e sem olhar para Claudia:
- CLAUDIA
- PONCIO que se voltára, encarando n'ella, e em tom suasorio:
- CLAUDIA n'uma espansão de franqueza em que o desdem transparece:
- PONCIO resoluto, imperioso, deixando caír na meza a mão espalmada:
- CLAUDIA decorridos alguns instantes, refreando a cólera:
- PONCIO indifferente:
- CLAUDIA
- PONCIO
- CLAUDIA
- PONCIO
- CLAUDIA muito a sério:
- PONCIO bamboleando a perna e sem mudar de expressão:
- CLAUDIA
- PONCIO franzindo lévemente o sobr'olho:
- CLAUDIA sorrindo, palaciana e misteriosa:
- O OSTIARIO
- PONCIO erguendo-se:
- O OSTIARIO
- PONCIO surprezo, como comsigo:
- O OSTIARIO
- PONCIO depois de reflectir:
- HANAN que se adiantou até á presença de Poncio, curvando-se perante elle:
- PONCIO que nem para elle olhou, desdenhoso:
- HANAN fingindo não ter percebido:
- PONCIO ironico:
- HANAN
- PONCIO voltou-se um pouco, lançou um rapido olhar a Judas, e depois, encostando o braço á meza e com a cabeça reclinada na mão:
- HANAN muito submisso de começo:
- PONCIO, serenamente, mas deixando accentuado o seu desdem, aquelle desdem dos romanos pelos povos vencidos:
- HANAN offendido, elevando a voz:
- PONCIO olhando para elle de fito, severamente:
- HANAN matreiro:
- PONCIO sem desviar d'elle o olhar:
- HANAN muito submisso:
- PONCIO cortando a harenga, novamente em tom sarcastico:
- HANAN refreando a cólera:
- PONCIO
- HANAN com ironia e falsa humildade:
- PONCIO fitando-o enfurecido, dá um murro na meza; e erguendo-se:
- HANAN depois de algum silencio, tentando convencel-o á bôa paz:
- PONCIO tranquillo, sorrindo:
- HANAN recuando, como se ouvisse uma heresia:
- PONCIO com bonhomia, exagerando muito o valor das palavras:
- HANAN ao ouvido de Judas:
- JUDAS reservadamente:
- HANAN
- JUDAS
- HANAN muito supplicante a Poncio:
- PONCIO olhou novamente para Judas, e com enfadada condescendencia:
- JUDAS avança até á presença de Poncio. Saúdou-o, e muito senhor de si, firme, resoluto, assim começa:
- PONCIO estremeceu, carregou o semblante:
- JUDAS com sinceridade hypocrita:
- PONCIO ergue-se de chofre, com o olhar incendido, trémulo, os braços alevantados. E o seu vulto branco, destacando-se no fundo escuro da vasta quadra, dir-se-ía o d'um espectro de destruição.
- HANAN detendo-o, supplicante, receioso:
- PONCIO sem querer ouvil-o:
- HANAN n'um protesto:
- JUDAS
- HANAN matreiramente:
- JUDAS
- PONCIO que os ouviu taciturno, balbucia, como falando a si proprio:
- HANAN
- PONCIO
- HANAN radiante de alegria, ao ouvido de Judas:
- JUDAS soturno:
- HANAN
- JUDAS indifferente:
- O OSTIARIO que appareceu no terraço:
- PONCIO
- O OSTIARIO
- PONCIO
- HANAN que se curvára muito á passagem de Poncio, murmúra:
- JUDAS tambem n'um murmurio, quasi inaudivel:
- GEDA affasta o coxim, trazendo-o para o interior da quadra e faz correr parte do reposteiro que pende do arco.
- A MULHER adiantando-se como procurando alguem:
- GEDA admirada e insolente:
- A MULHER
- GEDA
- A MULHER
- GEDA
- A MULHER
- GEDA
- A MULHER assumindo attitude imperiosa:
- GEDA dominada pelo tom de voz da desconhecida, colloca o candalabro na meza.
- MARIA com os olhos erguidos ao ceu, os labios balbuciantes, como n'uma préce:
- CLAUDIA apparece muito descuidosa, e, ao vel-a, não reprime o seu assombro.
- MARIA baixou a fronte; e a meia voz:
- CLAUDIA
- MARIA
- CLAUDIA encostando-se á meza, e esmagando Maria com a imponencia da sua figura:
- MARIA com meiguice:
- CLAUDIA com uma risada:
- MARIA docemente:
- CLAUDIA zombeteira, petulante:
- MARIA animando-se pouco a pouco:
- CLAUDIA depois de nova risada:
- MARIA
- CLAUDIA revolvendo na ferida o punhal da ironia:
- MARIA erguendo-se, n'um movimento de indignação:
- CLAUDIA adormecida, vagamente:
- MARIA continuando alheiada a tudo:
- CLAUDIA adormecida, vagamente:
- MARIA ergue-se vagarosamente; e, resignada:
- CLAUDIA solta emfim um suspiro.
- GEDA
- CLAUDIA
- GEDA vae ligeira ao candalabro; d'elle tira uma vella e dirige-se á clépsydra. Repõe depois no seu logar a vella, e voltando para junto de Claudia:
- CLAUDIA
- GEDA
- CLAUDIA boceja largamente.
- CLAUDIA indolente, para Geda:
- PONCIO sem se voltar, continuando a lêr:
- CLAUDIA em sobresalto infantil:
- PONCIO
- CLAUDIA que em silencio ficára appreensiva:
- PONCIO sem se mover:
- CLAUDIA apoiando-se nas costas da cadeira por detraz d'elle:
- PONCIO
- CLAUDIA não podendo conter a intima revolta:
- PONCIO enrugando a testa e sem olhar para Claudia:
- CLAUDIA
- PONCIO que se voltára, encarando n'ella, e em tom suasorio:
- CLAUDIA n'uma espansão de franqueza em que o desdem transparece:
- PONCIO resoluto, imperioso, deixando caír na meza a mão espalmada:
- CLAUDIA decorridos alguns instantes, refreando a cólera:
- PONCIO indifferente:
- CLAUDIA
- PONCIO
- CLAUDIA
- PONCIO
- CLAUDIA muito a sério:
- PONCIO bamboleando a perna e sem mudar de expressão:
- CLAUDIA
- PONCIO franzindo lévemente o sobr'olho:
- CLAUDIA sorrindo, palaciana e misteriosa:
- O OSTIARIO
- PONCIO erguendo-se:
- O OSTIARIO
- PONCIO surprezo, como comsigo:
- O OSTIARIO
- PONCIO depois de reflectir:
- HANAN que se adiantou até á presença de Poncio, curvando-se perante elle:
- PONCIO que nem para elle olhou, desdenhoso:
- HANAN fingindo não ter percebido:
- PONCIO ironico:
- HANAN
- PONCIO voltou-se um pouco, lançou um rapido olhar a Judas, e depois, encostando o braço á meza e com a cabeça reclinada na mão:
- HANAN muito submisso de começo:
- PONCIO, serenamente, mas deixando accentuado o seu desdem, aquelle desdem dos romanos pelos povos vencidos:
- HANAN offendido, elevando a voz:
- PONCIO olhando para elle de fito, severamente:
- HANAN matreiro:
- PONCIO sem desviar d'elle o olhar:
- HANAN muito submisso:
- PONCIO cortando a harenga, novamente em tom sarcastico:
- HANAN refreando a cólera:
- PONCIO
- HANAN com ironia e falsa humildade:
- PONCIO fitando-o enfurecido, dá um murro na meza; e erguendo-se:
- HANAN depois de algum silencio, tentando convencel-o á bôa paz:
- PONCIO tranquillo, sorrindo:
- HANAN recuando, como se ouvisse uma heresia:
- PONCIO com bonhomia, exagerando muito o valor das palavras:
- HANAN ao ouvido de Judas:
- JUDAS reservadamente:
- HANAN
- JUDAS
- HANAN muito supplicante a Poncio:
- PONCIO olhou novamente para Judas, e com enfadada condescendencia:
- JUDAS avança até á presença de Poncio. Saúdou-o, e muito senhor de si, firme, resoluto, assim começa:
- PONCIO estremeceu, carregou o semblante:
- JUDAS com sinceridade hypocrita:
- PONCIO ergue-se de chofre, com o olhar incendido, trémulo, os braços alevantados. E o seu vulto branco, destacando-se no fundo escuro da vasta quadra, dir-se-ía o d'um espectro de destruição.
- HANAN detendo-o, supplicante, receioso:
- PONCIO sem querer ouvil-o:
- HANAN n'um protesto:
- JUDAS
- HANAN matreiramente:
- JUDAS
- PONCIO que os ouviu taciturno, balbucia, como falando a si proprio:
- HANAN
- PONCIO
- HANAN radiante de alegria, ao ouvido de Judas:
- JUDAS soturno:
- HANAN
- JUDAS indifferente:
- O OSTIARIO que appareceu no terraço:
- PONCIO
- O OSTIARIO
- PONCIO
- HANAN que se curvára muito á passagem de Poncio, murmúra:
- JUDAS tambem n'um murmurio, quasi inaudivel:
- GEDA affasta o coxim, trazendo-o para o interior da quadra e faz correr parte do reposteiro que pende do arco.
- A MULHER adiantando-se como procurando alguem:
- GEDA admirada e insolente:
- A MULHER
- GEDA
- A MULHER
- GEDA
- A MULHER
- GEDA
- A MULHER assumindo attitude imperiosa:
- GEDA dominada pelo tom de voz da desconhecida, colloca o candalabro na meza.
- MARIA com os olhos erguidos ao ceu, os labios balbuciantes, como n'uma préce:
- CLAUDIA apparece muito descuidosa, e, ao vel-a, não reprime o seu assombro.
- MARIA baixou a fronte; e a meia voz:
- CLAUDIA
- MARIA
- CLAUDIA encostando-se á meza, e esmagando Maria com a imponencia da sua figura:
- MARIA com meiguice:
- CLAUDIA com uma risada:
- MARIA docemente:
- CLAUDIA zombeteira, petulante:
- MARIA animando-se pouco a pouco:
- CLAUDIA depois de nova risada:
- MARIA
- CLAUDIA revolvendo na ferida o punhal da ironia:
- MARIA erguendo-se, n'um movimento de indignação:
- CLAUDIA adormecida, vagamente:
- MARIA continuando alheiada a tudo:
- CLAUDIA adormecida, vagamente:
- MARIA ergue-se vagarosamente; e, resignada:
- QUARTA JORNADA
- EM 15 DE NISAN
- QUARTA JORNADA
- EM 15 DE NISAN
- AMPÍO, tocando com o pé no corpo de um dos que dormem:
- LAUSO accordando:
- FÁBIO, erguendo-se logo; voz de homem dado ao alcool e praguento:
- LAUSO erguendo-se:
- AMPÍO
- FÁBIO
- AMPÍO
- LAUSO
- FÁBIO rindo:
- UM MERCADOR em tom submisso:
- AMPÍO
- O MERCADOR
- AMPÍO
- O MERCADOR por entre dentes:
- FÁBIO com uma risada alvar:
- O MERCADOR muito seccamente:
- JUDAS, que permaneceu por longo tempo com o olhar erguido para o ceu, a voz muito enfraquecida:
- MARIA com o braço pela cintura de Martha, e a voz muito suave e muito resignada:
- MARTHA
- MARIA
- MARTHA
- MARIA
- MARTHA
- CLAUDIA chegando junto de Maria e Martha, cujos rostos se conservam occultos, pára; e depois, poisando a mão no hombro de Maria, diz com voz muito meiga:
- MARIA que se voltou, reconhecendo-a e baixinho á irmã:
- MARTHA receiosa:
- CLAUDIA
- MARTHA ao ouvido de Maria:
- CLAUDIA
- MARIA absôrta:
- CLAUDIA
- MARIA
- CLAUDIA
- MARIA baixinho á irmã:
- CLAUDIA
- MARIA espansiva:
- CLAUDIA
- MARIA
- CLAUDIA
- MARIA animando-se:
- CLAUDIA suspeitosa:
- MARIA
- CLAUDIA
- MARIA caíndo de joelhos e beijando-lhe as mãos:
- CLAUDIA com a voz cheia de bondade, obrigando Maria a erguer-se e abraçando-a:
- SIMÃO PEDRA que viera junto de João:
- ELEAZAR
- SIMÃO
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO que ficára immovel olhando para a muralha da cidade:
- GAMALIEL encostado ao bordão, a meia voz, rancoroso:
- JOÃO irrompendo:
- SIMÃO PEDRA
- GAMALIEL por entre dentes:
- JOÃO desalentado:
- GAMALIEL avançando para elle nervosamente:
- JOÃO desanimado:
- GAMALIEL animando-se e animando-o:
- SIMÃO PEDRA
- ELEAZAR
- GAMALIEL
- JOÃO erguendo-se:
- GAMALIEL
- SIMÃO PEDRA
- GAMALIEL
- JOÃO com o olhar brilhante:
- SIMÃO PEDRA tambem receioso:
- GAMALIEL
- JOÃO n'um sobresalto:
- ELEAZAR abraçando-se n'elle, espansivo:
- SIMÃO incitando-o:
- SIMÃO PEDRA secundando já agora Gamaliel:
- JOÃO indeciso:
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- SIMÃO
- SIMÃO PEDRA
- GAMALIEL
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA
- GAMALIEL agarrando João por um braço:
- ELEAZAR
- SIMÃO PEDRA
- GAMALIEL querendo arrastal-o comsigo:
- JOÃO n'uma grande espansão:
- GAMALIEL em doida alegria:
- JOÃO cheio de ardente enthusiasmo messianico:
- GAMALIEL como n'um grito de rebelião, avançando para a cidade:
- JOÃO vibrantemente:
- GAMALIEL bradando:
- JUDAS com desdem:
- MARIA parando tambem:
- JUDAS, desvairado:
- MARIA, reposta da primeira impressão, serenamente:
- JUDAS
- MARIA
- JUDAS impedindo-lhe a passagem:
- MARIA
- JUDAS
- MARIA muito calma:
- JUDAS rindo febril:
- MARIA
- JUDAS rindo:
- MARIA
- JUDAS de subito receioso:
- MARIA
- JUDAS
- MARIA, dogmatica:
- JUDAS acobardado:
- MARIA em tom profetico:
- JUDAS tomado de vago terror:
- MARIA animando-se:
- JUDAS trémulo:
- MARIA terrivelmente:
- JUDAS caminhando d'um para outro lado, desvairado:
- MARIA perseguindo-o:
- JUDAS tentando occultar o rosto:
- MARIA erguendo o braço:
- JUDAS que seguira com o olhar o movimento de Maria, fixa-o na muralha, e apontando tambem, trémulo, allucinado:
- MARIA mais compadecida agora, mas com a voz repassada de austeridade:
- JUDAS erguendo a cabeça e como acordado pela impressão que no seu espirito deixaram as ultimas palavras de Maria:
- JOÃO solta a sua voz inspirada de orador apocalyptico, de gesto amplo e vigoroso, emquanto muito ao longe os canticos proseguem:
- AMPÍO, tocando com o pé no corpo de um dos que dormem:
- LAUSO accordando:
- FÁBIO, erguendo-se logo; voz de homem dado ao alcool e praguento:
- LAUSO erguendo-se:
- AMPÍO
- FÁBIO
- AMPÍO
- LAUSO
- FÁBIO rindo:
- UM MERCADOR em tom submisso:
- AMPÍO
- O MERCADOR
- AMPÍO
- O MERCADOR por entre dentes:
- FÁBIO com uma risada alvar:
- O MERCADOR muito seccamente:
- JUDAS, que permaneceu por longo tempo com o olhar erguido para o ceu, a voz muito enfraquecida:
- MARIA com o braço pela cintura de Martha, e a voz muito suave e muito resignada:
- MARTHA
- MARIA
- MARTHA
- MARIA
- MARTHA
- CLAUDIA chegando junto de Maria e Martha, cujos rostos se conservam occultos, pára; e depois, poisando a mão no hombro de Maria, diz com voz muito meiga:
- MARIA que se voltou, reconhecendo-a e baixinho á irmã:
- MARTHA receiosa:
- CLAUDIA
- MARTHA ao ouvido de Maria:
- CLAUDIA
- MARIA absôrta:
- CLAUDIA
- MARIA
- CLAUDIA
- MARIA baixinho á irmã:
- CLAUDIA
- MARIA espansiva:
- CLAUDIA
- MARIA
- CLAUDIA
- MARIA animando-se:
- CLAUDIA suspeitosa:
- MARIA
- CLAUDIA
- MARIA caíndo de joelhos e beijando-lhe as mãos:
- CLAUDIA com a voz cheia de bondade, obrigando Maria a erguer-se e abraçando-a:
- SIMÃO PEDRA que viera junto de João:
- ELEAZAR
- SIMÃO
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO que ficára immovel olhando para a muralha da cidade:
- GAMALIEL encostado ao bordão, a meia voz, rancoroso:
- JOÃO irrompendo:
- SIMÃO PEDRA
- GAMALIEL por entre dentes:
- JOÃO desalentado:
- GAMALIEL avançando para elle nervosamente:
- JOÃO desanimado:
- GAMALIEL animando-se e animando-o:
- SIMÃO PEDRA
- ELEAZAR
- GAMALIEL
- JOÃO erguendo-se:
- GAMALIEL
- SIMÃO PEDRA
- GAMALIEL
- JOÃO com o olhar brilhante:
- SIMÃO PEDRA tambem receioso:
- GAMALIEL
- JOÃO n'um sobresalto:
- ELEAZAR abraçando-se n'elle, espansivo:
- SIMÃO incitando-o:
- SIMÃO PEDRA secundando já agora Gamaliel:
- JOÃO indeciso:
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- SIMÃO
- SIMÃO PEDRA
- GAMALIEL
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA
- GAMALIEL agarrando João por um braço:
- ELEAZAR
- SIMÃO PEDRA
- GAMALIEL querendo arrastal-o comsigo:
- JOÃO n'uma grande espansão:
- GAMALIEL em doida alegria:
- JOÃO cheio de ardente enthusiasmo messianico:
- GAMALIEL como n'um grito de rebelião, avançando para a cidade:
- JOÃO vibrantemente:
- GAMALIEL bradando:
- JUDAS com desdem:
- MARIA parando tambem:
- JUDAS, desvairado:
- MARIA, reposta da primeira impressão, serenamente:
- JUDAS
- MARIA
- JUDAS impedindo-lhe a passagem:
- MARIA
- JUDAS
- MARIA muito calma:
- JUDAS rindo febril:
- MARIA
- JUDAS rindo:
- MARIA
- JUDAS de subito receioso:
- MARIA
- JUDAS
- MARIA, dogmatica:
- JUDAS acobardado:
- MARIA em tom profetico:
- JUDAS tomado de vago terror:
- MARIA animando-se:
- JUDAS trémulo:
- MARIA terrivelmente:
- JUDAS caminhando d'um para outro lado, desvairado:
- MARIA perseguindo-o:
- JUDAS tentando occultar o rosto:
- MARIA erguendo o braço:
- JUDAS que seguira com o olhar o movimento de Maria, fixa-o na muralha, e apontando tambem, trémulo, allucinado:
- MARIA mais compadecida agora, mas com a voz repassada de austeridade:
- JUDAS erguendo a cabeça e como acordado pela impressão que no seu espirito deixaram as ultimas palavras de Maria:
- JOÃO solta a sua voz inspirada de orador apocalyptico, de gesto amplo e vigoroso, emquanto muito ao longe os canticos proseguem:
- QUARTA JORNADA
- EM 15 DE NISAN
- AMPÍO, tocando com o pé no corpo de um dos que dormem:
- LAUSO accordando:
- FÁBIO, erguendo-se logo; voz de homem dado ao alcool e praguento:
- LAUSO erguendo-se:
- AMPÍO
- FÁBIO
- AMPÍO
- LAUSO
- FÁBIO rindo:
- UM MERCADOR em tom submisso:
- AMPÍO
- O MERCADOR
- AMPÍO
- O MERCADOR por entre dentes:
- FÁBIO com uma risada alvar:
- O MERCADOR muito seccamente:
- JUDAS, que permaneceu por longo tempo com o olhar erguido para o ceu, a voz muito enfraquecida:
- MARIA com o braço pela cintura de Martha, e a voz muito suave e muito resignada:
- MARTHA
- MARIA
- MARTHA
- MARIA
- MARTHA
- CLAUDIA chegando junto de Maria e Martha, cujos rostos se conservam occultos, pára; e depois, poisando a mão no hombro de Maria, diz com voz muito meiga:
- MARIA que se voltou, reconhecendo-a e baixinho á irmã:
- MARTHA receiosa:
- CLAUDIA
- MARTHA ao ouvido de Maria:
- CLAUDIA
- MARIA absôrta:
- CLAUDIA
- MARIA
- CLAUDIA
- MARIA baixinho á irmã:
- CLAUDIA
- MARIA espansiva:
- CLAUDIA
- MARIA
- CLAUDIA
- MARIA animando-se:
- CLAUDIA suspeitosa:
- MARIA
- CLAUDIA
- MARIA caíndo de joelhos e beijando-lhe as mãos:
- CLAUDIA com a voz cheia de bondade, obrigando Maria a erguer-se e abraçando-a:
- SIMÃO PEDRA que viera junto de João:
- ELEAZAR
- SIMÃO
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO que ficára immovel olhando para a muralha da cidade:
- GAMALIEL encostado ao bordão, a meia voz, rancoroso:
- JOÃO irrompendo:
- SIMÃO PEDRA
- GAMALIEL por entre dentes:
- JOÃO desalentado:
- GAMALIEL avançando para elle nervosamente:
- JOÃO desanimado:
- GAMALIEL animando-se e animando-o:
- SIMÃO PEDRA
- ELEAZAR
- GAMALIEL
- JOÃO erguendo-se:
- GAMALIEL
- SIMÃO PEDRA
- GAMALIEL
- JOÃO com o olhar brilhante:
- SIMÃO PEDRA tambem receioso:
- GAMALIEL
- JOÃO n'um sobresalto:
- ELEAZAR abraçando-se n'elle, espansivo:
- SIMÃO incitando-o:
- SIMÃO PEDRA secundando já agora Gamaliel:
- JOÃO indeciso:
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- SIMÃO
- SIMÃO PEDRA
- GAMALIEL
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA
- GAMALIEL agarrando João por um braço:
- ELEAZAR
- SIMÃO PEDRA
- GAMALIEL querendo arrastal-o comsigo:
- JOÃO n'uma grande espansão:
- GAMALIEL em doida alegria:
- JOÃO cheio de ardente enthusiasmo messianico:
- GAMALIEL como n'um grito de rebelião, avançando para a cidade:
- JOÃO vibrantemente:
- GAMALIEL bradando:
- JUDAS com desdem:
- MARIA parando tambem:
- JUDAS, desvairado:
- MARIA, reposta da primeira impressão, serenamente:
- JUDAS
- MARIA
- JUDAS impedindo-lhe a passagem:
- MARIA
- JUDAS
- MARIA muito calma:
- JUDAS rindo febril:
- MARIA
- JUDAS rindo:
- MARIA
- JUDAS de subito receioso:
- MARIA
- JUDAS
- MARIA, dogmatica:
- JUDAS acobardado:
- MARIA em tom profetico:
- JUDAS tomado de vago terror:
- MARIA animando-se:
- JUDAS trémulo:
- MARIA terrivelmente:
- JUDAS caminhando d'um para outro lado, desvairado:
- MARIA perseguindo-o:
- JUDAS tentando occultar o rosto:
- MARIA erguendo o braço:
- JUDAS que seguira com o olhar o movimento de Maria, fixa-o na muralha, e apontando tambem, trémulo, allucinado:
- MARIA mais compadecida agora, mas com a voz repassada de austeridade:
- JUDAS erguendo a cabeça e como acordado pela impressão que no seu espirito deixaram as ultimas palavras de Maria:
- JOÃO solta a sua voz inspirada de orador apocalyptico, de gesto amplo e vigoroso, emquanto muito ao longe os canticos proseguem:
- AMPÍO, tocando com o pé no corpo de um dos que dormem:
- LAUSO accordando:
- FÁBIO, erguendo-se logo; voz de homem dado ao alcool e praguento:
- LAUSO erguendo-se:
- AMPÍO
- FÁBIO
- AMPÍO
- LAUSO
- FÁBIO rindo:
- UM MERCADOR em tom submisso:
- AMPÍO
- O MERCADOR
- AMPÍO
- O MERCADOR por entre dentes:
- FÁBIO com uma risada alvar:
- O MERCADOR muito seccamente:
- JUDAS, que permaneceu por longo tempo com o olhar erguido para o ceu, a voz muito enfraquecida:
- MARIA com o braço pela cintura de Martha, e a voz muito suave e muito resignada:
- MARTHA
- MARIA
- MARTHA
- MARIA
- MARTHA
- CLAUDIA chegando junto de Maria e Martha, cujos rostos se conservam occultos, pára; e depois, poisando a mão no hombro de Maria, diz com voz muito meiga:
- MARIA que se voltou, reconhecendo-a e baixinho á irmã:
- MARTHA receiosa:
- CLAUDIA
- MARTHA ao ouvido de Maria:
- CLAUDIA
- MARIA absôrta:
- CLAUDIA
- MARIA
- CLAUDIA
- MARIA baixinho á irmã:
- CLAUDIA
- MARIA espansiva:
- CLAUDIA
- MARIA
- CLAUDIA
- MARIA animando-se:
- CLAUDIA suspeitosa:
- MARIA
- CLAUDIA
- MARIA caíndo de joelhos e beijando-lhe as mãos:
- CLAUDIA com a voz cheia de bondade, obrigando Maria a erguer-se e abraçando-a:
- SIMÃO PEDRA que viera junto de João:
- ELEAZAR
- SIMÃO
- SIMÃO PEDRA
- JOÃO que ficára immovel olhando para a muralha da cidade:
- GAMALIEL encostado ao bordão, a meia voz, rancoroso:
- JOÃO irrompendo:
- SIMÃO PEDRA
- GAMALIEL por entre dentes:
- JOÃO desalentado:
- GAMALIEL avançando para elle nervosamente:
- JOÃO desanimado:
- GAMALIEL animando-se e animando-o:
- SIMÃO PEDRA
- ELEAZAR
- GAMALIEL
- JOÃO erguendo-se:
- GAMALIEL
- SIMÃO PEDRA
- GAMALIEL
- JOÃO com o olhar brilhante:
- SIMÃO PEDRA tambem receioso:
- GAMALIEL
- JOÃO n'um sobresalto:
- ELEAZAR abraçando-se n'elle, espansivo:
- SIMÃO incitando-o:
- SIMÃO PEDRA secundando já agora Gamaliel:
- JOÃO indeciso:
- GAMALIEL
- ELEAZAR
- SIMÃO
- SIMÃO PEDRA
- GAMALIEL
- JOÃO
- SIMÃO PEDRA
- GAMALIEL agarrando João por um braço:
- ELEAZAR
- SIMÃO PEDRA
- GAMALIEL querendo arrastal-o comsigo:
- JOÃO n'uma grande espansão:
- GAMALIEL em doida alegria:
- JOÃO cheio de ardente enthusiasmo messianico:
- GAMALIEL como n'um grito de rebelião, avançando para a cidade:
- JOÃO vibrantemente:
- GAMALIEL bradando:
- JUDAS com desdem:
- MARIA parando tambem:
- JUDAS, desvairado:
- MARIA, reposta da primeira impressão, serenamente:
- JUDAS
- MARIA
- JUDAS impedindo-lhe a passagem:
- MARIA
- JUDAS
- MARIA muito calma:
- JUDAS rindo febril:
- MARIA
- JUDAS rindo:
- MARIA
- JUDAS de subito receioso:
- MARIA
- JUDAS
- MARIA, dogmatica:
- JUDAS acobardado:
- MARIA em tom profetico:
- JUDAS tomado de vago terror:
- MARIA animando-se:
- JUDAS trémulo:
- MARIA terrivelmente:
- JUDAS caminhando d'um para outro lado, desvairado:
- MARIA perseguindo-o:
- JUDAS tentando occultar o rosto:
- MARIA erguendo o braço:
- JUDAS que seguira com o olhar o movimento de Maria, fixa-o na muralha, e apontando tambem, trémulo, allucinado:
- MARIA mais compadecida agora, mas com a voz repassada de austeridade:
- JUDAS erguendo a cabeça e como acordado pela impressão que no seu espirito deixaram as ultimas palavras de Maria:
- JOÃO solta a sua voz inspirada de orador apocalyptico, de gesto amplo e vigoroso, emquanto muito ao longe os canticos proseguem:
- EM 15 DE NISAN
You May Also Like
Also Available On
Categories
Arts & Photography491Biographies & Memoirs81Business & Money158Children's Books1558Christian Books & Bibles934Comics & Graphic Novels1Computers & Technology874Cookbooks, Food & Wine31Crafts, Hobbies & Home208Education & Teaching3837Engineering & Transportation1Gay & Lesbian1Health, Fitness & Dieting15History5850Humor & Entertainment162Law153Literature & Fiction19797Medical Books1Mystery, Thriller & Suspense22Other3133Parenting & Relationships10Politics & Social Sciences1472Professional & Technical37Reference10Religion & Spirituality1700Romance270Science & Math1218Science Fiction & Fantasy205Self-Help51Sports & Outdoors47Teen & Young Adult136Test Preparation169Travel114
Curated Lists
Free Machine Learning Books
11 Books
- Pattern Recognition and Machine Learning (Information Science and Statistics)
- by Christopher M. Bishop
- Data mining
- by I. H. Witten
- The Elements of Statistical Learning: Data Mining, Inference, and Prediction
- by Various
Free Chemistry Textbooks
9 Books
- CK-12 Chemistry
- by Various
- Concept Development Studies in Chemistry
- by John Hutchinson
- An Introduction to Chemistry - Atoms First
- by Mark Bishop
Free Mathematics Textbooks
21 Books
- Microsoft Word - How to Use Advanced Algebra II.doc
- by Jonathan Emmons
- Advanced Algebra II: Activities and Homework
- by Kenny Felder
- de2de
- by
Free Children Books
38 Books
- The Sun Who Lost His Way
- by
- Tania is a Detective
- by Kanika G
- Firenze_s-Light
- by
Free Java Books
10 Books
- Java 3D Programming
- by Daniel Selman
- The Java EE 6 Tutorial
- by Oracle Corporation
- JavaKid811
- by
- Jamaica Primary Social Studies 2nd Edition Student's Book 4
- by Eulie Mantock, Trineta Fendall, Clare Eastland
- Reggae Readers Student's Book 1
- by Louis Fidge
- Reggae Readers Student's Book 2
- by Louis Fidge